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Um preso é assassinado a cada dia em presídios no Brasil

Com mais de 600 mil detentos no país, a taxa de assassinatos nas prisões brasileiras é de 58 para cada 100 mil pessoas

Por Da redação
5 jan 2017, 09h38

Em média, um preso é assassinado por dia no país, segundo um levantamento feito pelo jornal Folha de S. Paulo publicado na edição desta quinta-feira. Em 2016, ao menos 372 detentos foram mortos em unidades prisionais. Neste ano, o número tende a crescer devido ao massacre que resultou na morte de 60 presos no Estado do Amazonas nesta segunda-feira.

Com uma população carcerária de mais de 600 mil detentos, a taxa de assassinatos nas prisões brasileiras é de 58 para cada 100 mil pessoas. A marca supera a de todo o Estado de Sergipe, o mais violento do país em homicídios dolosos – 53,3 por 100 mil habitantes –, segundo o último Anuário Brasileiro de Segurança.

Mais da metade dos assassinatos de presos em 2015 está concentrada no Nordeste do país. O ranking nacional é liderado pelo Ceará, com 48 assassinatos. O governo cearense se justificou dizendo que “faz esforços para o desencarceramento” e afirma que abriu 1.592 vagas em 2016 e pretende abrir mais 2.131 vagas ao longo deste ano.

A região Norte fica em segundo lugar com, pelo menos, 78 assassinatos em presídios – 24 mortes apenas no Pará. A região também tem sofrido com a guerra entre o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV), que tem como aliada a facção Família do Norte, que comandou a rebelião no Amazonas.

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O único Estado que não registrou nenhum assassinato no interior dos presídios foi o Espírito Santo, segundo dados do governo. No pé do ranking também aparecem Sergipe, com duas mortes;  Amapá, com três e Mato Grosso, com quatro assassinatos.

Com cerca de 3 mil presos, o Piauí teve dezesseis assassinatos em prisões, de acordo com o sindicato dos agentes penitenciários. O número é similar ao da maior população carcerária de São Paulo, a maior do Brasil, que registrou dezessete homicídios em 2016, segundo o governo. A gestão do Estado, no entanto, afirma que as mortes não têm ligação com o crime organizado e são causadas por desentendimentos entre os presos.

Os crimes em São Paulo não estão concentrados em presídios ou regiões específicas, diz o governo, que ressalta que os índices têm caído, foram 21 mortes em 2015. A administração paulista afirma ainda que, em caso de assassinatos, solicita à Justiça que os criminosos sejam enviados ao Centro de Readaptação Penitenciária de Presidente Bernardes, em regime disciplinar diferenciado (RDD) e ficam em cela individual, com restrição de visitas e banho de sol.

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