
As tropas das Forças Armadas e da Força Nacional de Segurança que deverão ser enviadas para o Rio de Janeiro durante o período eleitoral não estarão subordinadas ao governo federal, mas sim ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), disse nesta terça-feira o ministro da Justiça, Tarso Genro. Já o ministro da Defesa, Nelson Jobim, fez questão de lembrar que os militares estarão a serviço do processo eleitoral, e não dos candidatos.
De acordo com Genro, o envio das tropas não representa uma questão de segurança pública. “Não é uma questão de segurança pública ‘stritus sensus’, mas sim de manipulação da ordem institucional no Rio para que o processo eleitoral ocorra de maneira normal e tranqüila.”, afirmou o ministro.
Genro disse ainda que se reunirá nesta terça com o presidente do TSE, ministro Carlos Ayres Britto, para definir qual será a colaboração do governo federal na operação militar. “Vou conversar com o ministro Ayres Britto para saber de que maneira o Ministério da Justiça pode cooperar”.
Nelson Jobim também lembrou que as tropas estarão a serviço da Justiça Eleitoral, que deverá definir, inclusive, para quais localidades elas serão enviadas. “As tropas permanecerão no local que o tribunal determinar. Se um candidato não deseja entrar onde elas estiverem, elas não vão sair. Elas não estão a serviço dos candidatos. Estão a serviço da pacificação do processo eleitoral”, afirmou o ministro. “Quem decide é o Tribunal Eleitoral. E quem decide como fazer, é o comando do Exército”, completou.
Jobim disse ainda que as tropas ficarão no Rio somente durante as eleições. O governador do estado, Sérgio Cabral, havia pedido que elas continuassem na cidade após o processo eleitoral.