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TRF4: Moro palestrar em evento do Grupo Doria não o impede de julgar Lula

Defesa do ex-presidente não obteve sucesso em mais uma tentativa de afastar o juiz dos processos contra o petista na Operação Lava Jato

Por Guilherme Venaglia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 4 jul 2018, 18h59
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  • Os três desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) recusaram dois pedidos de suspeição da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra o juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato no Paraná. A defesa do ex-presidente argumentava que Moro não poderia julgar Lula por ter participado em um evento do Lide, empresa que faz parte do Grupo Doria, de propriedade de João Doria (PSDB), ex-prefeito e pré-candidato ao governo de São Paulo.

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    As duas ações em questão são aquelas que investigam se Lula obteve vantagens indevidas com a reforma de um sítio que supostamente seria dele em Atibaia (SP) e na propriedade de imóveis em São Bernardo do Campo (SP). O relator dos processos, desembargador João Pedro Gebran Neto, rejeitou a hipótese de que os eventos possuam conotações politico-eleitorais.

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    “A participação de eventos com ou sem a presença de agentes políticos não macula a isenção do juiz, em especial porque possuem natureza meramente acadêmica, informativa ou cerimonial, sendo notório que em tais aparições não há pronunciamentos específicos a respeito de processos em andamento”, afirmou Gebran.

    O evento em questão foi o Lide Brazilian Investment Forum, promovido pela empresa em maio deste ano, em Nova York. Segundo o Lide, o objetivo é “reunir empresários e investidores nacionais e internacionais para debater relações bilaterais entre Brasil e Estados Unidos”. Além de Moro, que falou sobre “Fortalecimento das instituições para o crescimento do Brasil”,  outro palestrante foi o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun (MDB). Doria se afastou da gestão do Lide quando foi eleito prefeito de São Paulo, em outubro de 2016.

    Também em Nova York, Moro e Doria se encontraram em outro evento, quando o juiz da Lava Jato recebeu o prêmio de “Pessoa do Ano” da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos. O ex-prefeito esteve presente por ter sido o vencedor da premiação em 2017. Pela tradição do evento, o vencedor de um ano entrega o prêmio para o sucessor, só que a foto dos dois com as respectivas esposas rendeu críticas de petistas a Moro, que acusam de ser tendencioso com o ex-presidente Lula.

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