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Tremembé II, o presídio das ‘estrelas’

Pimenta Neves, que chega nesta quarta-feira à penitenciária, vai viver ao lado de presos famosos como Alexandre Nardoni e os irmãos Cravinhos

Por Fernanda Nascimento
25 Maio 2011, 17h08

O presídio Doutor José Augusto Salgado, para onde seguiu Pimenta Neves, preso na última terça-feira pelo assassinato da ex-namorada Sandra Gomide, em 2000, não costuma abrigar presos comuns. Conhecida como Tremembé II, a penitenciária na região do Vale do Paraíba recebe detentos envolvidos em casos de grande repercussão nacional e condenados rejeitados pelos criminosos de outras unidades por terem cometido crimes vis como pedofilia e estupro. Ex-policias e ex-agentes penitenciários também são encaminhados às celas dos pavilhões de Tremembé.

Em seu novo endereço, Pimenta poderá tomar sol com vizinhos qualificados. A maior parte dos 322 presos que cumprem ali o regime fechado tem ensino médio ou nível superior completo. Um deles é o bacharel em direito Alexandre Nardoni, que vive no presídio desde 2008. No ano passado, ele foi condenado a 31 anos de prisão por jogar a filha, Isabella, do sexto andar do prédio onde vivia com a mulher, Anna Carolina Jatobá. O julgamento, que durou cinco dias, mobilizou a opinião pública em todo o país.

Outro formado em direito que habita as celas de Tremembé é o ex-promotor Igor Ferreira da Silva, condenado a 16 anos de prisão pelo assassinato da mulher, Patrícia Aggio Longo, em 1998. Na época, Patrícia estava grávida de sete meses. Depois de oito anos foragido, Igor chegou à penitenciária em outubro de 2009.

Detentos menos instruídos também são destaque nas celas do pavilhão. É o caso de Lindemberg Alves Fernandes, acusado de matar a ex-namorada, Eloá Pimental, depois de mantê-la em cárcere privado durante 100 horas. O caso, acompanhado de perto pela imprensa, teve grande repercussão e levantou polêmica sobre a atuação da polícia no desfecho trágico.

Enquanto a jovem Suzane von Richthofen passa seus dias na penitenciária feminina de Tremembé, os irmãos Cristian e Daniel Cravinhos cumprem a pena de mais de 30 anos no complexo destinado aos presos “diferenciados”. Eles confessaram ter participado do assassinato dos pais de Suzane, Manfred e Marísia von Richthofen, em outubro de 2002. Na época, Daniel namorava Suzane, que é acusada pela promotoria de ser a mandante do crime.

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Condenados por assassinatos contra a família não são poucos entre os corredores de Tremembé. Ao lado de Alexandre Nardoni e Igor Ferreira da Silva, faz parte do grupo o ex-vigia João Alexandre Rodrigues, condenado junto com a mulher, Eliane Aparecida, pela morte de seus dois filhos. As crianças, na época com 12 e 13 anos, foram esquartejadas, queimadas e deixadas na rua pelo casal em sacos de lixo.

Antigos moradores – Outros nomes ilustres já passaram pelas celas de Tremembé. Foi lá que o médico Roger Abdelmassih cumpriu quatro meses, acusado de abusar sexualmente de mais de 60 pacientes em sua clínica de reprodução. Ele foi solto graças a um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal e está foragido desde então.

Também durou poucos meses a estadia do empresário Marcos Valério no presídio no Vale do Paraíba. Acusado de integrar uma quadrilha que praticava extorsão, fraudes fiscais e corrupção no famoso caso do Mensalão do PT, ele passou quatro meses atrás das grades.

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