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Tragédia anunciada: há um mês, pedra rolou do morro onde dois morreram soterrados nesta quinta

Obra da prefeitura foi paralisada por três dias. Engenheiros prometeram só retomar trabalhos após saída de famílias. Descumpriram a promessa

Por Da Redação
8 jul 2011, 11h05

O terreno onde uma grávida de 17 anos e um menino de 3 anos morreram soterrados nesta quinta-feira já apresentava instabilidade desde o mês passado. Os moradores chegaram a organizar um protesto contra a obra da Prefeitura, que pode ter causado a tragédia. Em 13 de junho, uma pedra desmoronou do canteiro de obras da Construtora Passarelli, contratada pela Prefeitura, e atingiu a parede da residência vizinha à casa em que a grávida foi soterrada. No mesmo dia, moradores protestaram contra a obra, que foi paralisada por três dias. “Caía até bloco de concreto no meu telhado”, contou a dona de casa Marluce de Oliveira. A promessa dos engenheiros era de que tudo ficaria parado até que as 78 famílias da área de risco fossem removidas – a prefeitura afirma que as pessoas não quiseram abandonar a área. Outras 422 famílias já haviam sido retiradas desde o início do ano passado. O coronel da Defesa Civil Jair Paca de Lima disse que a obra ficou parada por apenas dois dias. “Tinha de continuar, né?”

Leia também: MP vai apurar se obra provocou deslizamento em SP Mas não foi o que disseram à reportagem outros funcionários da Defesa Civil da capital paulista e de Diadema. Segundo eles, os blocos de concreto da Passarelli estavam prestes a desmoronar a qualquer momento. O secretário de Habitação, Ricardo Pereira Leite, esteve no local e disse que o momento é de se preocupar em atender as vítimas. “Causas do acidente serão apuradas depois.”

Risco – Outro fato que pode ter agravado a tragédia é o uso de fossas e tubulações de água nas cerca de duas mil moradias da ocupação. A Mata Virgem é área de manancial da Represa Billings, cuja invasão data dos anos 80. A área foi desapropriada na gestão Marta Suplicy (PT), em 2004, e risco de deslizamento ali não é novidade: o morro consta no mapeamento de risco divulgado neste ano pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e já aparecia em 2003 em mapa de 119 áreas de risco alto e muito alto. A Promotoria de Habitação e Urbanismo instaurou inquérito para apurar causas do deslizamento. (Com Agência Estado)

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