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Traficantes monitoram, com rádios, movimentos da polícia no Complexo do Alemão

Apesar da ocupação, quadrilhas mantêm atividades no conjunto de favelas. Conversas por rádio mostram que é cedo para cantar vitória contra o banditismo

Por Da Redação
16 Maio 2011, 15h24

Como já afirmou o secretário de Segurança do Rio, importância da retomada do Complexo do Alemão está no retorno do estado a uma área antes inacessível até para a polícia

O desfile de fuzis e as demonstrações de poder por parte dos traficantes se foram. Mas de forma discreta, camuflados entre os moradores, traficantes têm monitorado os movimentos da polícia e das Forças Armadas no Complexo do Alemão, como mostram gravações de conversas de rádio obtidas pelo jornal carioca Extra.

Diálogos gravados entre os dias 8 e 10 deste mês revelam que os deslocamentos dos carros e das equipes encarregadas de policiar o Alemão são seguidos de mensagens das quadrilhas, que certamente utilizam as informações para manter em atividade o ‘negócio’ que ainda sustenta o que restou das quadrilhas da região: a venda de drogas.

Como já afirmou o secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, a importância da retomada do Complexo do Alemão está no retorno do estado a uma área antes inacessível até para a polícia – e que isso não vai significar, nem tão cedo, a extinção do tráfico de drogas. Ou, em outras palavras, acabar com o poder armado dos traficantes era mais necessário e mais urgente que eliminar a venda de drogas, algo que pode ocorrer mesmo dentro de condomínios de luxo da zona sul.

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As gravações demonstram, no entanto, que pode ser cedo para comemorar qualquer vitória de forma definitiva sobre as organizações criminosas que impuseram – e ainda impõe – seu terror armado em áreas do Rio de Janeiro. Justamente por isso o Desafio da Paz, a corrida que reuniu moradores, autoridades e celebridades no domingo, na estrada por onde fugiram os traficantes do Alemão, deve ser encarada como uma reafirmação do compromisso firmado entre sociedade, polícia, Forças Armadas e todas as esferas de poder do Rio – não como uma comemoração.

O mesmo jornal que publicou as gravações de traficantes registrou a execução de um morador, por traficantes de drogas, no dia 4 de maio. Wallace Moreira de Amorim, 31 anos, foi assassinado por dois traficantes em frente a um bar, quando discutia com supostos traficantes e usuários de drogas que estavam perto de sua casa. A família de Wallace teve que abandonar a favela. O crime ocorreu dois dias antes da visita do ministro da Defesa, Nelson Jobim.

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