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Traficantes colocam fuzil em estátua de Michael Jackson no Rio

A homenagem ao ‘Rei do Pop’ está no alto do morro, na laje onde o cantor gravou parte de um clipe em 1996; polícia afirma que já identificou suspeitos

Por Da Redação
Atualizado em 14 ago 2017, 19h07 - Publicado em 14 ago 2017, 17h52

Inaugurada em 2010, a estátua de bronze do cantor Michael Jackson (1958-2009) instalada no Morro Dona Marta, em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro, recebeu um adorno pouco convencional: um fuzil, colocado pendurado em seu pescoço por traficantes da favela.

A estátua está fixada no alto do morro, na laje onde Michael gravou parte do clipe de They Don’t Care About Us, em 1996. O local é um ponto turístico, procurado por visitantes brasileiros e estrangeiros depois que a comunidade recebeu a primeira das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) da capital, em 2008. A escultura foi inaugurada um ano depois que o “Rei do Pop” morreu.

Michael Jackson
Michael Jackson durante gravação do videoclipe de ‘They Don’t Care About Us’, no Morro Dona Marta, em 1996 (Rosane Marinho/Dedoc)

A Polícia Militar identificou suspeitos de terem colocado o fuzil na obra, mas não quando isso foi feito. O Setor de Inteligência da UPP informou que alguns deles estão com mandado de prisão em aberto e que está sendo realizada uma ação para prendê-los. Os criminosos, segundo a PM, fazem parte da quadrilha de Marco Polo Lopes Lima dos Santos, o Mãozinha, que estava foragido e foi preso em 28 de julho.

“Cabe ressaltar que a foto possivelmente foi tirada no início da manhã, horário onde há maior movimento nas vielas, para evitar confronto com policiais da UPP”, informou a PM, em nota. Desde que foi aberta, a UPP Dona Marta sempre foi considerada uma unidade modelo do sistema de aproximação da polícia e da população e de retirada de traficantes armados das ruas das comunidades. Mas a situação mudou, e os tiroteios e mortes voltaram.

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Prestes a fazer uma década, as UPPs hoje somam 38. O modelo vive uma crise, decorrente da insuficiência de PMs para o patrulhamento e do rombo financeiro nas contas do estado. Essa falência das UPPs vem sendo evidenciada na volta dos embates entre policiais e traficantes e na falta de confiança dos moradores das favelas em relação aos policiais, acusados de abusos e de envolvimento em casos de corrupção.

Para especialistas na área de segurança, o ponto de inflexão foi julho de 2013, quando do assassinato do auxiliar de pedreiro Amarildo de Souza. Ele foi sequestrado, torturado e morto por PMs da UPP da Rocinha, favela onde morava. Doze PMs foram condenados pelos crimes de tortura seguida de morte, ocultação de cadáver e fraude processual.

(Com Estadão Conteúdo)

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