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TJ-PR confirma condenação de jornalista norte-americano

Por Da Redação
15 dez 2011, 19h39

Por Evandro Fadel

Curitiba – Por 2 votos a 1, os desembargadores da 9ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Paraná confirmaram hoje a condenação do jornalista norte-americano Joe Sharkey a se retratar publicamente por supostas ofensas contra o Brasil no blog que mantém na internet. O TJ também determinou que ele pague uma indenização de R$ 50 mil, com valores corrigidos desde 2008, para Rosane Gutjahr, autora da ação. Sharkey era um dos passageiros do jato Legacy que se chocou contra um Boeing da Gol em 2006 e resultou na morte de 154 pessoas.

Gutjahr é viúva de um dos mortos e disse que doará os valores da indenização para a Associação dos Amigos do Hospital de Clínicas do Paraná. Segundo ela, tão logo aconteceu o acidente, Sharkey teria feito comentários na internet em que dizia que no Brasil só havia “tupiniquim”. “Disse que o Brasil é o mais idiota dos idiotas, que aqui só tem samba, carnaval e prostitutas”, acentuou Gutjahr. Por se sentir agredida, ela entrou com a ação. “Com essa decisão, podemos ter parte da nossa honra novamente, pois o Brasil não pode se sujeitar a esse tipo de ofensa”, disse.

No dia 17 de novembro, dois dos três desembargadores já tinham votado favoravelmente à condenação. O terceiro, José Augusto Aniceto, proferiu voto contrário hoje alegando não ver “nexo de causalidade” entre o que o jornalista escreveu e um suposto dano. “Ainda não posso comentar porque não vi o teor da sentença, temos que aguardar o acórdão”, disse o advogado da Associação de Famílias e Amigos das Vítimas do Voo 1907, Dante D’Aquino.

Sharkey não se defendeu das acusações no processo nem nomeou advogado para fazê-lo. O TJ-PR deve publicar o acórdão nos próximos dias, a partir do qual o jornalista terá 15 dias para apresentar recurso. No dia 17, após os dois primeiros votos que já o condenavam, o jornalista havia negado, em seu blog, qualquer ofensa aos brasileiros. E acrescentou que, mesmo que o tivesse feito, estaria sob as leis norte-americanas, “ou sob as leis de outros países que professam a liberdade de expressão”. Para ele, o processo foi fruto de “xenofobia e antiamericanismo”.

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