Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

TJ não se manifesta sobre nomeações ilegais em MG

Por Da Redação
10 jan 2012, 21h30

Por Marcelo Portela

Belo Horizonte – O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) preferiu não se manifestar a respeito do processo que tramita no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre supostas irregularidades em nomeações de desembargadores para a corte mineira. Segundo a assessoria do TJ-MG, o órgão divulgaria nota que estaria sendo redigida pelo presidente do tribunal, desembargador Cláudio Costa, o que não ocorreu até o início da noite de hoje. Mais cedo, o órgão afirmou que aguardaria manifestação oficial do CNJ e acatará o que for decidido por seus integrantes.

Segundo mostrou hoje o jornal Folha de S.Paulo, 17 juízes teriam sido promovidos a desembargadores irregularmente entre 2006 e 2009. A denúncia foi encaminhada ao CNJ pela Associação Nacional dos Magistrados Estaduais (Anamages). Segundo a denúncia, as promoções não obedeceram às ordens de antiguidade nem de produtividade e teriam sido feitas de acordo com relações pessoais dos desembargadores. As nomeações também não foram publicadas em edital, como prevê a legislação.

O último voto no processo, dado em 21 de dezembro, foi do conselheiro Jorge Hélio Chaves de Oliveira, concordou com o relator Tourinho Neto, que identificou irregularidades nas nomeações. Para Oliveira, os atos do TJMG infringiram a Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Loman), a legislação mineira, resolução do CNJ e a própria Constituição Federal. “Os atos não são apenas ilegais, mas inconstitucionais”, afirmou o conselheiro.

Continua após a publicidade

Oliveira só discordou do relator em relação ao que deve ser feito. Enquanto Tourinho Neto avalia que as nomeações devem ser mantidas, seu colega acredita que os atos devem ser anulados. “Entendo que são nulas as promoções e que atos nulos, como tais, não podem ser convalidados com o tempo. Não acato a tese de fato consumado ou da situação consolidada”, afirmou.

Procurado para falar sobre o caso, o secretário-geral da Associação dos Magistrados do Brasil, Nelson Missias, um dos que teriam sido beneficiados com a promoção irregular, atribuiu a denúncia a questões políticas, mas disse que preferia não falar sobre o caso. Segundo o magistrado, quem se manifestaria seria o próprio TJMG e a Associação dos Magistrados Mineiros (Amagis).

Em nota, o presidente da entidade, juiz Bruno Terra Dias, afirmou que a Amagis acompanha o caso “com serenidade” e que confia “na absoluta integridade dos membros da Corte Superior do Tribunal de Justiça de Minas Gerais e dos membros do Conselho Nacional de Justiça”. A nota ressalta ainda o “incondicional apoio aos magistrados promovidos, os quais sempre cumpriram, com lisura e honra, seus deveres constitucionais e legais”. O Estado tentou falar com o desembargados Elpídio Donizetti, que presidia a Anamages quando a entidade fez a representação no CNJ, mas ele não foi encontrado.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.