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Titular da Cultura diz que o centro terá Virada, mas sem megashow

André Sturm disse a VEJA que fala do prefeito João Doria sobre deslocar o evento para o Autódromo de Interlagos foi incompleta

Por Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 6 dez 2016, 20h14 - Publicado em 6 dez 2016, 19h51

Não pegou bem a declaração do prefeito eleito João Doria (PSDB) sobre levar a Virada Cultural para o Autódromo de Interlagos, na Zona Sul de São Paulo. Escalado para colocar panos quentes na questão, o novo secretário de Cultura, André Sturm, afirmou, em entrevista a VEJA, que a fala foi mal compreendida — “uma informação incompleta sobre um assunto complexo” —, e esclareceu: o centro não será mais o palco de grandes shows, como nas edições anteriores da Virada. Mas de pequenas apresentações abrigadas dentro de instituições, como o Teatro Municipal e a Biblioteca Mário de Andrade, e no seu entorno. Os espetáculos de maior pompa e de bandas famosas ocorrerão a partir de agora no Autódromo, que, segundo ele, tem mais capacidade para receber multidões. Em suma, a ideia é que a Virada — pelo menos em Interlagos — se transforme numa espécie de “Lollapalloza” de graça, com estrutura de segurança, alimentação, banheiros e até um lugar para “dar uma dormidinha depois do show”. Confira trechos da entrevista abaixo:

O prefeito disse ontem que vai “deslocar” a Virada para Interlagos. Isso realmente vai acontecer?

Essa declaração foi dada ontem pelo novo prefeito na Fecomercio. Alguém estava falando sobre asfalto e, em algum momento, alguém perguntou da Virada, que tumultuava o centro. E ele disse: Vamos levar a Virada para Interlagos. E essa não é a informação completa. A Virada é muito mais complexa do que isso. E mais: esse plano não está sequer fechado. São ideias que estamos discutindo.

Mas por que ele disse isso, então? Foi um mal entendido?

Foi o ambiente da Fecomercio. Ele não estava lá para falar de cultura. Ele falou em um período, para não falar uma frase, sobre um evento complexo. O que não vai ter no centro são os megashows. É isso que a gente quer mudar. É evidente que do jeito que está acontecendo com grandes shows espalhados gera problema. Gera uma sujeira enorme. Tem gente que — desculpa a expressão — mas chama de “mijada cultural”. As pessoa que moram na região ficam ensandecidas. Então, ficamos pensando que um dos motivos que levou a criar a Virada Cultural no centro era as pessoas conhecerem o centro da cidade.

Agora, quando você faz um show de um artista super-famoso num palco grande, a pessoa vem correndo e nem olha para onde está indo. No fim, acaba não oferecendo essa experiência. Fazer um evento voltado para esse equipamentos, como Teatro Municipal Biblioteca Mário de Andrade leva as pessoas a entrarem e conhecerem o local, e aí ao longo do ano elas voltam.  O que eu estou falando não é uma crítica. A Virada é incrível, uma marca. Tem problemas, mas é ótima.

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Então, não terá mais palcos nas ruas do centro? A Virada só vai ser dentro dos equipamentos?

Não vou dizer que não terá palcos no centro. Nós vamos priorizar os equipamentos e o seu entorno. O que não terá é megashow. Megashow nós vamos fazer em Interlagos com uma estrutura espetacular de comida, alimentação, banheiro, segurança e limpeza. E até um local para dar uma ‘dormidinha’ se quiserem descansar. É natural que na frente do Teatro Municipal, na Biblioteca Mário de Andrade ou na praça Roosevelt vão acontecer coisas, porque nem todas as pessoas conseguirão entrar. Não vamos criar um evento para que nem todas as pessoas entrem.

Mas serão shows bem menores?

Não vai ser só música. Também terá dança, teatro, show de mágica, para o público conhecer artistas que eles não conhecem no geral.

Da onde surgiu essa ideia? 

Chegamos à conclusão que a Virada é um sucesso, mas são os grandes shows que geraram as concentrações e os problemas. Agora, não dá para fazer Virada sem os grandes shows. Então, nós pensamos em achar um lugar onde eles não incomodem. O Estádio do Pacaembu não pode ter show mais. O Parque Ibirapuera pode estragar a vegetação. Autodrómo de Interlagos. Sim, é esse o lugar.

E como será quando Interlagos for vendido para a iniciativa privada?

Primeiro que ele não vai ser vendido neste ano. A Virada de 2017 será no Autódromo de Interlagos, que pertence à prefeitura. Se der certo, nós vamos negociar e vamos ver de pagar para realizar a Virada lá.

Terá que pagar entrada também?

A Virada vai ser gratuita nos quatro anos da nossa gestão. Isso eu posso te garantir. Se não der certo, a gente muda. Mas acho que tem tudo para dar certo.

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