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Tirar CNH custará até 20% mais com aulas em simulador

Federação Nacional das Autoescolas estima que custo da habilitação para carros suba 250 reais em média. Aula de simulador custará mais que a prática

Por Da Redação
3 jan 2014, 10h11

Quem quiser tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) a partir de agora terá de passar por cinco aulas em um simulador de direção instalado nas autoescolas. A nova regra, que começou a valer na quarta-feira, dia 1º de janeiro, em todo o país, elevará em até 20% o valor gasto na emissão do documento. Antes da mudança, o interessado em obter a permissão para dirigir tinha de desembolsar, em média, 1.200 reais, segundo a Federação Nacional das Autoescolas (Feneauto). Com a alteração, esse valor subirá em até 250 reais. Definida por resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), a norma é válida apenas para a categoria B (habilitação para automóvel).

As aulas, de 30 minutos cada, devem ser feitas obrigatoriamente antes do início da parte prática. As atividades no simulador não diminuem o número mínimo de aulas práticas exigidas: vinte aulas de 50 minutos. As aulas simuladas também não têm caráter eliminatório. “O Detran recebe um relatório com os resultados do aluno, mas não há uma avaliação. A ideia do simulador é permitir que o estudante se familiarize com situações de risco”, diz Silvio Luiz de Oliveira, diretor de ensino da Autoescola Veja, uma das que já têm o equipamento.

A cada aula, o aluno vê o nível de dificuldade aumentar. A simulação começa com conceitos básicos e vai incorporando situações de adversidade, como trafegar em vias de grande movimento, em pista escorregadia ou sob neblina intensa.”É bem parecido com a realidade, a estrutura é idêntica à do carro. Acho que ajuda o aluno a ter mais noção antes de ir para o trânsito real”, diz a aluna Joyce Lemos, de 27 anos.

Para Dirceu Rodrigues Alves Júnior, diretor da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), a inclusão de aulas simuladas ajuda a suprir uma carência na formação dos condutores. “Os cursos existentes são insuficientes, porque só ensinam o que é necessário para a prova prática. O aluno não tem contato com os riscos que vai encontrar no dia a dia, e o simulador pode ajudar nisso.”

Apesar de a regra já estar em vigor, muitas autoescolas e Detrans não se prepararam para a mudança. “Algumas autoescolas não compraram as máquinas achando que a lei não ia pegar, e muitos Detrans não adequaram seus sistemas”, diz Magnelson Carlos de Souza, presidente da Feneauto.

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A prática provocou uma demanda maior no fim do ano para a instalação dos aparelhos e sobrecarregou as quatro empresas habilitadas para fornecer os equipamentos. Muitas autoescolas ainda aguardam a chegada do simulador. Segundo as empresas fornecedoras, os prazos estão sendo cumpridos.

O custo médio de um aparelho é de 40.000 reais, mas é possível obter o simulador por comodato. Em todos os casos, o custo é repassado para o consumidor. As autoescolas não são obrigadas a ter a máquina e podem dividir o equipamento com outras empresas. A manutenção varia de mensalidades de 750 a 1.750 reais ou taxas de 4 a 15 reais por aula. Com esse custo, as autoescolas preveem que o preço médio da aula simulada seja de 40 reais, acima do que é cobrado atualmente pelos treinos práticos, entre 30 e 35 reais.

(Com Estadão Conteúdo)

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