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Temer orienta ministros sobre palanques nas eleições municipais

Ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, usou o WhatsApp para informar ao primeiro escalão do governo a cartilha do presidente, que teme racha na base aliada

Por Da redação
30 jul 2016, 21h27

Com receio do surgimento de um racha na base aliada em decorrência das disputas municipais deste ano, o presidente em exercício, Michel Temer (PMDB), estabeleceu algumas condutas que deverão ser seguidas pelos ministros de seu governo. As regras foram discutidas ao longo da última semana e encaminhadas na manhã deste sábado pelo ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, aos integrantes do primeiro escalão do governo, por meio de mensagens no Whatsapp.

“Outro dia nós estávamos conversando sobre política e eleições e o presidente Michel disse que achava que o governo não deveria se meter na eleição municipal porque nós temos uma base de muitos partidos e na medida que há uma disputa entre eles, se você entrar a favor de um, o outro não vai gostar. Em resumo, para preservar a nossa base que é consistente, a gente não pode criar nenhum tipo de fissura, daí fiz um comunicado dizendo que estava seguindo uma orientação do presidente”, afirmou Padilha.

No horizonte do governo está o fato de que a intensificação das disputas municipais deverá ocorrer no mesmo período em que o governo espera ter aprovadas algumas propostas no Congresso, que visam a reestruturação da economia. Entre as prioridades do Palácio do Planalto está a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabelece um teto para os gatos públicos. O texto ainda está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara e para que tenha efeito em 2017 deverá, além de ser aprovada na Casa, também pelo Senado até o próximo mês de dezembro.

“Comecei dizendo que a manutenção da base era a mais importante. Nós precisamos manter a base para aprovar as reformas que temos que fazer, aprovar a PEC do Teto, aprovar os projetos que são reestruturantes da nossa economia”, afirmou Padilha.

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Entre as orientações aos ministros está a de não subir em palanques onde haja candidatos de diferentes partidos da base disputando. Por outro lado, os integrantes do primeiro escalão ficam liberados de participar dos eventos internos das respectivas legendas.

“Nós sabemos que os ministros têm partidos, que aqueles que são políticos têm apoio dos vereadores, prefeitos, vice-prefeitos, que contam com a participação deles. Então, sugerimos que eles participem de todos os atos internos, de reunião do partido com seus candidatos. Agora, palanque para abrir disputa com outro partido, com outro candidato que é da base, aí o governo deve evitar de fazer isso. Essa é a preocupação, para preservar a solidez da base que nós temos”, ressaltou o ministro.

Além dos palanques, os ministros ficariam impedidos de participarem das propagandas eleitorais de rádio e TV em locais em que representantes de partidos da base estiverem disputando.

Apesar dessas restrições, não ficou vedada a gravação de vídeos e mensagens dos ministros para uso dos postulantes nas redes sociais. “Nestes casos é quase impossível você evitar. Mas também vamos avaliar isso. Eu inclusive pedi sugestões pra ver onde podemos aprimorar isso”, considerou.

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Segundo o ministro, no comunicado enviado hoje, além de sugestões solicitadas, uma alternativa colocada para se liberar a participação dos ministros é a de ser feito um acordo local entre os candidatos dos partidos da base.

“Nos Estados em que os partidos da base acharem que é possível fazer um acordo, sem problemas. Basta os presidentes dos partidos nos Estados, deputados e senadores assinarem um documento com cópia para o ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) dizendo o que eles combinaram”, afirmou.

(com Estadão Conteúdo)

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