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Temer diz que privatização não deve ter viés ideológico

Por Da Redação
10 fev 2012, 13h51

Por Gustavo Uribe

São Paulo – O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), concordou hoje com a avaliação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) de que as privatizações não devem ter viés ideológico. Na avaliação de Temer, é preciso que o setor público e privado trabalhem juntos para levar adiante os projetos nacionais. “No Brasil, nós temos a mania de ideologizar temas que não podem ser ideologizados. É preciso verificar o que é melhor para o Brasil, de uma ou de outra forma”, disse o peemedebista, ao participar, na Capital, do anúncio de apoio do PSC à pré-candidatura do deputado federal Gabriel Chalita (PMDB-SP), à Prefeitura de São Paulo.

Michel Temer reconheceu que há uma leve diferença entre concessão e privatização, mas considerou que essa discussão não tem “muito significado”. “O que importa é que o resultado seja bom, através de concessão ou entrega definitiva para a iniciativa privada. É isso o que temos de fazer”, reiterou. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em vídeo divulgado na quarta-feira, defendeu o seu legado e as privatizações feitas em sua gestão, inclusive, mostrando que o modelo utilizado nas concessões dos aeroportos, pelo governo Dilma, foi o mesmo de sua administração. Portanto, a questão não deveria ser encarada com ideologia.

A cúpula nacional do PT divulgou ontem versão preliminar de resolução política na qual discorda da avaliação do ex-presidente tucano de que os leilões dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília, desmistificam o “demônio privatista”. Esse mote, inclusive, serviu de munição para o PT contra o PSDB em algumas campanhas presidenciais. Na avaliação do presidente nacional do PT, Rui Falcão, o partido não confunde concessão com “privataria tucana”, referindo-se ao modelo de privatizações adotado na administração de Fernando Henrique Cardoso no Palácio do Planalto.

Entusiasta

O vice-presidente participou nesta manhã do anúncio do apoio do PSC à pré-candidatura do deputado Gabriel Chalita, pelo PMDB, à Prefeitura de São Paulo. Temer voltou a reafirmar que o PMDB terá candidatura própria na disputa municipal, ainda que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja entusiasta de uma aliança entre PT e PMDB, em torno do pré-candidato Fernando Haddad (PT). “Eu tenho dito ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que o ideal é que a base aliada nacional tenha, na verdade, dois candidatos”, afirmou. “E se for para o segundo turno, naturalmente poderá haver uma composição. Essa é a tendência natural”.

O peemedebista negou ainda que haja qualquer constrangimento em PT e PMDB não saírem juntos, pelo menos no primeiro turno, nas eleições paulistanas. “Nós não podemos deixar as eleições locais causarem algum trauma na aliança nacional.” Em discurso no evento, Temer avaliou que as coligações são fundamentais para a governabilidade e elogiou a presidente Dilma Rousseff, a quem se referiu como uma “gestora fantástica” e de “competência extraordinária”. “O pré-candidato do PMDB, se for eleito prefeito de São Paulo, vai colaborar com o governo federal, assim como o governo federal vai contribuir com ele, em uma via de duas mãos”, disse.

Com apoio do PSC, o PMDB deve ganhar mais 40 segundos em cada edição de seu programa eleitoral de televisão. O partido, que conta com o maior palanque eletrônico da disputa, tem sozinho cerca de 4 minutos.

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