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Temer diz que povo não pode ser refém e pede fim de greve de PMs

Em nota, presidente afirma que movimento de policiais no Espírito Santo tem ‘comportamento inaceitável’ e que paralisação ‘atemoriza o povo capixaba’

Por Da Redação
Atualizado em 10 fev 2017, 18h32 - Publicado em 10 fev 2017, 17h49

O presidente Michel Temer criticou o movimento dos policiais militares do Espírito Santo, disse que um protesto “não pode tornar o povo brasileiro refém” e pediu que eles voltem ao trabalho imediatamente, como determinou a Justiça.

O movimento, que já dura sete dias e praticamente tirou os policiais militares das ruas, tem levado o caos ao Espírito Santo, especialmente na região metropolitana de Vitória, com o aumento de mortes violentas – foram 121 em sete dias, muito acima da média do Estado em 2016, que foi de 3,2 casos por dia, saques a lojas, escolas sem aula, transporte coletivo prejudicado e postos de saúde e repartições públicas fechadas ou com atendimento restrito.

“O presidente ressalta que o direito à reivindicação não pode tornar o povo brasileiro refém. O estado de direito não permite esse tipo de comportamento inaceitável. O presidente conclama aos grevistas que retornem ao trabalho como determinou a Justiça e que as negociações com o governo transcorram dentro do mais absoluto respeito à ordem e à lei”, disse o presidente por meio de nota oficial divulgada no final da tarde desta sexta-feira.

Na nota, o Palácio do Planalto informa que Temer acompanha “desde os primeiros momentos”, todos os fatos relacionados à segurança pública no Espírito” e que ele “condena a paralisação ilegal da Polícia Militar que atemoriza o povo capixaba”. “Ao saber da situação, (Temer) “determinou o imediato envio de dois mil homens para restabelecer lei e a ordem no estado”. O presidente, diz a nota, tem conversado todos os dias com o governador Paulo Hartung (PMDB), que está licenciado do cargo porque se recupera de cirurgia para a retirada de um tumor.

O movimento completou uma semana. Começou no sábado, dia 4, quando mulheres dos policiais começaram a fazer bloqueios nas portas dos batalhões para impedir a saída das viaturas. Os policiais militares, por lei, não podem fazer greve. Eles reivindicam, entre outros pontos, 43% de reajuste salarial – alegam estar há quatro anos sem aumento, o que o governo contesta. O salário inicial de um PM é de  R$ 2,6 mil, o menor do país.

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O governo Temer está preocupado com a repercussão do protesto do Espírito Santo e teme que policiais militares de outros  estados – principalmente do vizinho Rio de Janeiro – façam movimentos semelhantes. O ministro da Defesa, Raul Jungmann, já disse que a União monitora outros estados. A pasta colocou cerca de 30.000 militares em alerta.

 

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