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Suspeito de lançar rojão que matou cinegrafista é preso

Caio Silva de Souza, acusado de acender e disparar o artefato que matou Santiago Andrade, da Band, estava em uma pousada em Feira de Santana (BA)

Por Da Redação
12 fev 2014, 04h15

Atualizado às 6h21

Caio Silva de Souza, o suspeito de acender e disparar o rojão que matou o cinegrafista Santiago Andrade, da Rede Bandeirantes, durante protesto no Rio de Janeiro, foi preso na madrugada desta quarta-feira. Ele foi detido em Feira de Santana, na Bahia, segundo informações do canal GloboNews. Com prisão temporária decretada pela Justiça desde a noite de segunda-feira, Caio Silva de Souza foi localizado em uma pousada perto da rodoviária da cidade, que fica a 116 quilômetros da capital Salvador.

A prisão foi feita por volta das 3 horas (2 horas na Bahia) pelo delegado Maurício Luciano, responsável pelo caso. Ele estava acompanhado pelo advogado Jonas Tadeu Nunes, defensor de Souza e do tatuador Fábio Raposo, que o reconheceu por fotografias e está preso no Rio de Janeiro. Em entrevista à GloboNews, o delegado afirmou que o suspeito estava sozinho no quarto da pousada no momento da prisão, assustado e nervoso. “Com ajuda do advogado (Jonas Tadeu), ele se entregou. Não houve resistência”.

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O delegado ainda comentou a situação do suspeito e os próximos passos da investigação. “Em relação à sua participação no crime, a gente não tem a menor dúvida. Foi ele quem acendeu e deflagrou o artefato que atingiu o cinegrafista da Rede Bandeirantes. Vamos ouvir o Caio, se houver alguma contradição com o depoimento do Fábio Raposo, eles serão submetidos a uma acareação”, disse Maurício Luciano.

Além do delegado, a operação para prender o rapaz teve a participação de outros quatro policiais civis do Rio. A namorada dele também estava presente. Segundo a polícia, Caio Silva de Souza inicialmente pretendia ir para a casa de um avô no Ceará. Convencido a se entregar pelo advogado Jonas Tadeu, ele teria interrompido a viagem em Feira de Santana.

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Buscas – A localização do suspeito, que tem 23 anos, põe fim a quase 24 horas de buscas da Polícia Civil do Rio. Nesta terça, agentes foram à casa de Souza, no município de Nilópolis, na Baixada Fluminense, mas não o encontraram. Também fizeram buscas no Hospital Rocha Faria, em Campo Grande, na Zona Oeste da capital. Ele trabalha como porteiro da unidade de saúde, contratado pela empresa Hope Serviços, que é contratada pela Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro. No dia do protesto em que o cinegrafista ficou ferido, Souza estava de folga. Na sexta-feira, não voltou ao trabalho.

A Polícia Civil pediu a prisão do suspeito na tarde de segunda-feira, após confirmar a sua identidade com a ajuda de informações do advogado Jonas Tadeu Nunes e de seu cliente, o tatuador Fábio Raposo. “Já tínhamos informações dele obtidas pelo setor de inteligência da Polícia Civil. O advogado reforçou as suspeitas e o reconhecimento feito por Fábio foi fundamental”, disse o delegado Maurício Luciano.

Crimes – Fábio Raposo e Caio Silva de Souza foram indiciados por homicídio doloso (com intenção) qualificado e por explosão, crimes que podem render até 36 anos de prisão. Eles também podem responder por formação de quadrilha. De acordo com o delegado Maurício Luciano, Raposo detalhou que Souza, o responsável por disparar o rojão, tinha um perfil violento, de ir para a linha de frente dos protestos para participar de brigas. “Ele afirmou que conhecia o rapaz apenas das manifestações, não tinha ligação com ele”, disse o delegado.

Ferido pela explosão do artefato em uma manifestação no centro do Rio na quinta-feira passada, o cinegrafista Santiago Ilídio Andrade, que trabalhava para a Rede Bandeirantes, teve morte cerebral confirmada na manhã de segunda, quando a equipe de neurocirurgia do Hospital Municipal Souza Aguiar diagnosticou, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a “morte encefálica” do paciente.

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