Suspeitas de bomba paralisam circulação de trens na Zona Leste de São Paulo
Objetos suspeitos foram encontrados em mochilas conectados a celulares em duas Estações da Linha 11-Coral da CPTM; artefatos eram de mentira e estavam com areia
Duas suspeitas de bomba na Linha 11-Coral da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) interrompem por mais de três horas a circulação de trens na Zona Leste de São Paulo. Os artefatos foram encontrados nas Estações Guaianases e Corinthians-Itaquera, que foram esvaziadas. Seis Estações, da Antonio Gianetti Neto ao Tatuapé, ficaram paralisadas. Segundo a CPTM, objetos estavam dentro de mochilas e conectados a aparelhos celulares, o que levantou as suspeitas.
A Secretaria de Segurança Pública informou que os artefatos eram de mentira e estavam cheios de areia. Os objetos foram retirados pelo Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), às 10 horas, com a ajuda de cães farejadores, e levados para análise. Por volta das 11 horas, todas as estações foram liberadas.
O episódio causou bastante transtorno para os usuários da CPTM, que já enfrentam diariamente a superlotação dos horários de pico. A Linha 3-Vermelha, do Metrô, que pode ser acessada pelo ramal não foi prejudicada. O promotor de vendas Tiago Pereira, de 29 anos, estava na Estação Guianases no momento em que ocorreu a evacuação e disse que houve confusão e “empurra-empurra”. Pereira trabalha em Mogi das Cruzes e teve de ir de ônibus até Suzano e, de lá, pegar outra condução até o trabalho. “Levo uma hora para chegar a Mogi saindo da Vila Matilde. Saio 6h30 e chego 7h30, no máximo 7h40. Hoje vou chegar por volta das 9 horas”, disse. “Com suspeita de bomba ou sem suspeita de bomba, uma coisa é certa: os problemas na CPTM são constantes.”
A São Paulo Transporte (SPTrans), empresa municipal responsável por operar o sistema de ônibus na cidade de São Paulo, foi avisada pela CPTM das ocorrências e mudou o itinerário de dez linhas de ônibus para atender os usuários.
(Com Estadão Conteúdo)