Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Supervisor classifica vazamento como “incidente”

Por Da Redação
24 nov 2011, 18h56

Por Felipe Werneck

Rio (AE) – O supervisor de Meio Ambiente da Chevron, Luiz Pimenta, classificou hoje de “incidente” o vazamento de óleo no Campo de Frade e afirmou que as técnicas de segurança adotadas pela empresa na Bacia de Campos são as mesmas aplicadas internacionalmente. Segundo ele, o envio de imagens editadas da região do acidente ambiental para a Agência Nacional do Petróleo (ANP) ocorreu em função de dificuldades técnicas para o envio de dados.

Oceanógrafo, Pimenta participou de audiência pública realizada na Assembleia Legislativa do Rio. Questionado sobre a questão das imagens, ele afirmou que não houve tentativa de ocultar fatos e que a empresa “trabalhou com total transparência e cooperação com as autoridades”.

No entanto, reconheceu que houve “preservação” de informações. “Nos limitamos a informar o que sabíamos. Procuramos entender primeiro antes de falar ao público. Algumas respostas ainda vão levar algum tempo.” Ao relatar o ocorrido, o supervisor disse que houve um aumento “inesperado” de pressão no poço e que “brotaram gotas” de óleo. Em seguida, acrescentou, foi identificada uma “mancha órfã” no mar.

“O fluxo (de óleo) não era constante. O controle da fonte (de vazamento) ocorreu em quatro dias. Tudo funcionou dentro dos padrões de segurança”, argumentou. Pimenta repetiu a estimativa já divulgada pela empresa de que vazaram 2.400 barris e a comparou, em uma projeção ilustrada, com o vazamento no golfo do México, em 2010, de 4.928.100 barris. Ele se desculpou pelo vazamento, dizendo que “uma gota de óleo no mar já é admissível, e repetiu que a Chevron “assume total responsabilidade pelo incidente”.

Continua após a publicidade

Após a audiência, Pimenta disse ter classificado o vazamento como residual no depoimento, porque as “avaliações indicam que o valor está diminuindo a cada dia”, sem apresentar números. “Não especulamos.”

Para o diretor de Tecnologia e Inovação da Coppe (que congrega os cursos de pós-graduação em Engenharia da UFRJ), Segen Estefen, a explicação técnica foi pertinente, mas, se o vazamento perdurar, deixa de ser residual. “Se ficar dez dias, começa a ficar estranho.”

O oceanógrafo David Zee, perito nomeado pela Polícia Federal no inquérito que apura as causas e os responsáveis pelo vazamento, defendeu na assembleia a realização de uma auditoria ambiental e a revisão dos programas de prevenção e precaução em todos os campos de produção existentes na Bacia de Campos.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.