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Supercomputador para prever enchente é 50 vezes mais rápido

Por Marco Túlio Pires
19 abr 2010, 09h07

A nova supermáquina para prever chuvas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) custará entre 30 e 35 milhões de reais, mas o valor total do projeto é de 50 milhões, incluindo os gastos com manutenção e instalação. Ela é um aglomerado de 14 gabinetes com processamento equivalente a cerca de 30.000 computadores comuns. “Juntos, eles são capazes de calcular 244 trilhões de operações por segundo”, informou a VEJA.com Vander Mendes, gerente geral de supercomputação do Inpe. “Isso significa que o novo computador será 50 vezes mais rápido que o antigo”, completou.

Luiz Augusto Machado, coordenador geral do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Inpe, explica que o salto de qualidade viabilizado pelo computador é imenso: “Uma previsão de tempo global detalhada de um dia demoraria dois meses para ser calculada no sistema atual. Com o novo supercomputador, vai demorar dois minutos”. Isso significa que o instituto poderá fazer previsões muito mais detalhadas em menos tempo.

Atualmente, o sistema meteorológico do Inpe consegue calcular a previsão do tempo em áreas de 400 quilômetros quadrados na América do Sul. Ou seja, só é possível prever as condições do tempo em regiões do tamanho da cidade de Belo Horizonte, por exemplo. Com o novo supercomputador, a precisão poderá ser ampliada para 25 quilômetros quadrados, prevendo condições em regiões específicas de grandes cidades. Será possível dizer, por exemplo, se choverá mais forte em um bairro de São Paulo.

A super máquina do INPE

Estas imagens da região metropolitana de São Paulo mostram como o novo supercomputador ajudará o INPE a melhorar a previsão do tempo. Clique nos botões para saber a capacidade da máquina atual e a do novo equipamento.

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Precário – Apesar de aumentar a capacidade de processamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o supercomputador não resolve o problema todo. O Brasil não possui um sistema de meteorologia unificado e cada iniciativa é tomada isoladamente por instituições independentes. “Como não existe um sistema único, tudo é meio precário”, explicou o Coordenador Geral do CPTEC. Ele diz ainda que não existe uma linha de comunicação para transmitir os dados de radar em uma quantidade satisfatória e que não há contratos de manutenção para que a estrutura seja eficiente.

Uma proposta de emenda constitucional em trâmite na Câmara passaria à União a competência de “organizar e manter os serviços oficiais de meteorologia e climatologia de âmbito nacional” e “instituir sistema nacional de meteorologia e climatologia”. A última movimentação da PEC foi há um ano, quando a presidência da Casa autorizou a criação de uma comissão especial. Porém, a assessoria da Mesa Diretora da Câmara informa que, até hoje, apenas dois dos dez partidos apontados para a comissão indicaram lideranças para discutir o assunto.

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