Suely Campos derrota Chico Rodrigues em Roraima

Mulher do ex-governador e ex-deputado federal Neudo Campos, ela se tornou candidata porque o marido foi barrado pela Lei da Ficha Limpa

Por Da Redação
26 out 2014, 20h02

Suely Campos (PP) e Chico Rodrigues (PSB) (Divulgação/VEJA.com)

Suely Campos (PP), mulher do ex-governador e ex-deputado federal Neudo Campos, venceu neste domingo o atual governador Chico Rodrigues (PSB) na disputa pelo governo do Pará. Com 96,69% das urnas apuradas das urnas apuradas, ela tinha 54,89% votos, contra 45,11% de Rodrigues. A votação tornaria Suely a primeira mulher alçada candidata após a renúncia do marido a vencer a eleição. Em 2010, Joaquim Roriz tentou emplacar a mulher, Weslian, em manobra do tipo no Distrito Federal – sem sucesso.

A campanha no Estado com o menor colégio eleitoral do país – menos de 300.000 eleitores – sofreu uma reviravolta a menos de um mês do pleito, quando Neudo Campos, então líder nas pesquisas, teve a candidatura barrada pela Lei da Ficha Limpa. Suely assumiu, então, a candidatura. Um levantamento do Supremo Tribunal Eleitoral, realizado em outubro do ano passado, considerou Campos o político com a ficha mais suja do Brasil. Depois de uma campanha relâmpago, a ex-deputada federal ultrapassou o governador.

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A aliança de Suely tem apenas três partidos coligados, enquanto Rodrigues conseguiu agrupar vinte siglas. A derrota do governador representa um revés para o grupo político que reúne, além do PSB, tucanos e peemedebistas. O engenheiro agrônomo e ex-deputado federal pelo DEM de 63 anos fez campanha com apoio de Aécio Neves, candidato do PSDB à Presidência da República.

Eleito vice-governador em 2010, Rodrigues herdou o mandato de José de Anchieta Jr. (PSDB), que se licenciou para concorrer ao Senado – e foi derrotado por Telmário Mota (PDT). Ele tem como candidato a vice-governador Rodrigo Jucá (PMDB), filho do senador peemedebista Romero Jucá. O PSB vive um encolhimento em relação ao tamanho do eleitorado que passou a governar em 2010 – o partido chegou a comandar 14,6% do eleitorado brasileiro (20,9 milhões de pessoas).