SSP oferece R$50 mil para achar suspeitos de matar ambulante

A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo informou nesta terça-feira que pagará 50.000 reais em troca de informações sobre o paradeiro dos dois suspeitos da morte do vendedor ambulante Luiz Carlos Ruas, de 54 anos. A vítima foi espancada até a morte dentro da estação Dom Pedro II do Metrô, no centro da capital paulista, no domingo de Natal. Alípio Rogério Belo dos Santos, de 26 anos, e Ricardo Martins do Nascimento, 21 anos, tiveram as prisões decretadas pela Justiça, mas não foram encontrados pela polícia.

Nesta terça-feira, o Metrô divulgou uma nota em que admite que não havia nenhum segurança na estação na hora do ocorrido. Imagens do circuito interno de segurança mostram Ruas, desacordado e estirado no chão, levando socos e chutes dos agressores em frente à bilheteria, sem que ninguém aparecesse para socorrê-lo. Na nota, o Metrô informou que os agentes foram deslocados de estações vizinhas e demoraram seis minutos para chegar à Dom Pedro II. Ele chegou a ser levado para um hospital, mas não resistiu aos ferimentos.

De acordo com testemunhas ouvidas pela Delegacia de Polícia do Metropolitano (Delpom), que investiga o caso, os dois homens se envolveram em uma confusão com duas travestis moradoras de rua, quando Ruas interviu para defendê-las. Ele chegou a correr para dentro da estação no intuito de se proteger, mas foi alcançado pelos suspeitos.

À polícia, familiares disseram que a dupla se entregaria hoje, o que ainda não aconteceu. A reportagem não conseguiu entrar em contato com o advogado dos suspeitos. Segundo a SSP, as denúncias podem ser feitas de maneira anônima pela página www.webdenuncia.org.br.

Nesta terça ainda, pessoas se reuniram em um protesto na estação Dom Pedro II para pedir mais segurança no Metrô e o fim da homofobia.