Por José Maria Tomazela
Sorocaba – A Fundação Florestal, órgão da Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo, terá de avaliar os impactos ambientais da duplicação da Serra do Cafezal, na Rodovia Régis Bittencourt (BR-116), que liga São Paulo a Curitiba. O trecho de 30,4 km é um dos mais críticos gargalos rodoviários do Estado.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), responsável pelo licenciamento, exigiu a manifestação do órgão estadual porque a obra interfere em pelo menos duas unidades de conservação de São Paulo, os parques estaduais da Serra do Mar e do Jurupará. A exigência pode atrasar ainda mais a obra.
Representantes da concessionária Autopista Régis Bittencourt, do grupo espanhol OHL, estiveram na terça-feira, 9, no órgão florestal para discutir o projeto. A análise das equipes técnicas terá foco em um novo traçado proposto pela empresa como alternativa para reduzir os impactos. A mudança levou o Ibama a exigir que o estudo ambiental fosse refeito.
O Parque da Serra do Mar, com 50 mil hectares, e o Parque Jurupará, com 26,2 mil, são unidades cobertas pela Mata Atlântica, bioma seriamente ameaçado. A obra está na zona de influência da Área de Proteção Ambiental da Serra do Mar, com 469 mil hectares. A manifestação técnica da Fundação será incorporada ao processo de licenciamento que está sob a responsabilidade do Ibama.