SP: após restrição a caminhões, congestionamento recorde
Veículos 'invadiram' avenidas da cidade após término do horário do rodízio. Abastecimento de combustível na cidade está ameaçado por protesto

No segundo dia de restrição de caminhões na Marginal do Tietê, a cidade de São Paulo registrou o maior índice de congestionamento do ano, com 153 quilômetros de ruas e avenidas com trânsito carregado às 11h30 desta terça-feira. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), o motivo foi o excesso de veículos.
O maior trecho de retenção estava nas marginais que acumulavam mais de 44 quilômetros de lentidão. O congestionamento começava na pista expressa da Marginal do Pinheiros, sentido Interlagos, na Ponte Cidade Jardim, na zona sul, e seguia pela Marginal do Tietê até a Ponte das Bandeiras, na zona norte.
As pistas local e central da Marginal do Tietê também registravam trânsito carregado entre a Rodovia Castelo Branco e Rua Brazelisa Alves de Carvalho. Às 10h51, a cidade registrava 159 quilômetros de lentidão.
Greve- Motoristas que trabalham na distribuição de combustível de grandes postos no Ipiranga, na zona sul de São Paulo, Guarulhos, São Caetano e Barueri paralisaram nesta segunda-feira suas atividades em protesto à proibição do tráfego de caminhõesna Marginal do Tietê e em outras 25 vias da capital entre as 5h e 9h da manhã e das 17h às 22h, de segunda à sexta-feira. Aos sábados, a restrição será das 10h às 14h. Quem desrespeitar a restrição pagará multa de 85,13 reais e será punido com a retirada de quatro pontos da carteira.
O presidente do Sindicato dos Transportadores de Cargas Líquidas e Corrosivas do Estado de São Paulo, Bernabé Gastão, disse que não há previsão do retorno ao trabalho e que, a partir do segundo dia da interrupção da entrega dos combustíveis, o produto começará a faltar nos postos da capital. “Se o governo não se manifestar, outros vinte sindicatos do país já confirmaram a adesão à paralisação e farão uma greve nacional”, diz Gastão.
“Desde dezembro do ano passado, o Sindicato dos Transportadores de Rodoviários de Autônomos de Bens do Estado de São Paulo (Sindicam-SP) vem pedindo uma audiência com prefeito Gilberto Kassab e com o secretário de transporte para encontrar uma solução e em nenhum momento eles responderam”, explica Gastão.
Os motoristas, segundo o presidente, não têm outra opção para trafegar enquanto o Rodoanel Mário Covas não estiver concluído, explica. “Em oito horas, é impossível o trabalhador carregar o caminhão e chegar ao seu destino final sem passar principalmente pela Marginal do Tietê”, diz. “Os motoristas encontram pontos de restrição em todo lugar e isso aumenta o custo do frete.”
(Com Agência Estado)