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Sócio da boate Kiss e dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira são presos

Delegado confirma que uso de sinalizador durante apresentação da banda é a principal hipótese de causa do incêndio.

Por Luís Bulcão, de Santa Maria
28 jan 2013, 11h04

Um dos proprietários da boate Kiss, em Santa Maria, onde houve 231 mortes em um incêndio no domingo, e dois músicos da banda Gurizada Fandangueira foram presos na manhã desta segunda-feira em caráter temporário por cinco dias. A Polícia Civil não informou se entre os presos está o integrante da banda acusado de ter acionado um sinalizador que, segundo testemunhas, deu início ao incêndio. O empresário Elissandro Spohr, um dos proprietários da boate, foi preso em Cruz Alta, cidade distante 130 km de Santa Maria, e está em custódia, em um hospital. “A investigação aponta que o sinalizador deu origem ao incêndio e a porta de saída da boate não deu vazão, o que acabou com esse número terrível de mortos”, afirmou o delegado Marcelo Arigônio, responsável pelo caso, acrescentando que uma quarta pessoa está sendo procurada pela polícia.

Segundo o advogado de Elissandro, o criminalista Jader Marques, o empresário teve medo de ficar em Santa Maria e decidiu sair da cidade. De acordo com entrevista do advogado ao Zero Hora, o empresário buscou atendimento médico em Cruz Alta devido à intoxicação. No momento da tragédia, afirmou o criminalista, Elissandro estava com a mulher grávida na boate.

O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, esteve esta manhã na 1ª Delegacia Policial de Santa Maria. “Estou aqui para tomar conhecimento do inquérito. Foi um evento que proporcionou lesões muito graves. É um momento que exige qualidade técnica, profundidade e responsabilidade”, disse Genro. “Quero garantir que o inquérito seja exemplar, que dele possam decorrer, a partir de iniciativas do MP, modificações legislativas nos planos federal, municipal e estadual, para que isso nunca mais aconteça”.

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Segundo o chefe da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, delegado Ranolfo Vieira Júnior, um advogado que diz representar o suspeito que ainda não foi preso entrou em contato com a polícia e disse que seu cliente deve se apresentar ainda nesta segunda-feira. “Todo indivíduo que tem mandado de prisão é considerado foragido. É importante que se diga que a polícia continua apurando, realizando diligências na direção de prender o foragido”, disse.

“Após ouvir testemunhas, a polícia entendeu que era o caso de pedir a prisão. No momento não queremos apontar culpados, mas elucidar o acontecimento. Depois das investigações, se houver responsáveis, eles serão apontados”, disse Vieira.

Vieira explicou os passos da investigação. “Atuamos em três frentes. A primeira é a prova testemunhal, ou seja, ouvir as pessoas que estavam presentes e as pessoas que costumavam frequentar o local. A segunda, a prova da perícia, que também é importante. A terceira, a prova documental, que consiste em verificar se o local funcionava com os documentos devidos”, afirmou. Sobre a lotação do local, o chefe de polícia afirmou que há relatos de que o local estava com sua capacidade máxima excedida. “No entanto, evitamos por enquanto comentar esse tipo de declaração”, disse.

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Até o momento a polícia não obteve gravações do sistema de vídeo dentro da boate, uma das pistas importantes para esclarecer a mecânica da tragédia.

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