Sobe para 6 o número de crianças mortas queimadas em creche de MG
Uma professora também morreu; a polícia encontrou galões com combustível na casa do vigia que ateou fogo às crianças e diz que o ataque foi planejado
Por Da Redação
Atualizado em 5 out 2017, 23h54 - Publicado em 5 out 2017, 23h30
Subiu para seis o número de crianças mortas após um vigia atear fogo nelas e, em seguida, em seu próprio corpo. O caso aconteceu na manhã desta quinta-feira (5) na cidade de Janaúba, norte de Minas Gerais (560 km de Belo Horizonte). As duas últimas mortes ocorreram à noite, quando as vítimas estavam sendo transferidas de Montes Claros, maior cidade da região, a 136 km de Janaúba -, para o Hospital João 23, em Belo Horizonte.
Além das crianças, uma professora também morreu. Segundo Corpo de Bombeiros de Janaúba, Damião Soares dos Santos, de 50 anos, o vigia da escola que colocou fogo nas crianças, foi encaminhado ao hospital com queimaduras graves em todo o corpo e morreu pela tarde. Há ainda pelo menos 16 feridos com queimaduras graves, todos internados em hospitais da capital mineira, segundo informações da Fundação Hospitalar de Janaúba. Segundo o Instituto Médico Legal (IML), as crianças mortas tinham quatro anos de idade.
A Polícia Civil de Minas Gerais disse que o ataque do vigia ao Centro Municipal de Educação Infantil Gente Inocente, foi planejado, com a preparação de material inflamável e até a escolha da data.
Buscas feitas pela polícia na casa dele encontraram galões com combustível, mesmo material que foi levado por ele em um recipiente escondido dentro de uma mochila que portava ao entrar na creche. O dia escolhido, ainda segundo a polícia, também foi simbólico: três anos da morte do pai dele, um trauma que nunca teria sido superado.
O porteiro da escola teria problemas mentais, segundo a polícia. Cerca de 50 alunos estavam no recreio no momento do ataque.
Em nota, o governo estadual diz que o governador Fernando Pimentel (PT), “tão logo tomou ciência da tragédia (…) determinou de imediato a mobilização de todas as forças de saúde pública e de segurança do estado – Polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros e Defesa Civil – nas operações de resgate e salvamento”.
De acordo com o governo, um posto de comando emergencial foi instalado no local para “alinhar todos os esforços dos órgãos públicos envolvidos”. O governador decretou luto oficial de três dias e deve chegar ao local na tarde desta quinta-feira.
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