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Servidores deixam prédio da Alerj após invasão

Manifestantes invadiam o local em protesto contra medidas de arrocho do governo Pezão

Por Leslie Leitão e Luísa Bustamante
Atualizado em 8 nov 2016, 19h37 - Publicado em 8 nov 2016, 17h16

Os servidores públicos da área de segurança que invadiram na tarde desta terça-feira a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) em protesto contra o pacote de medidas anticrise do governador Luiz Fernando Pezão saíram do local após três horas – e deixaram um rastro de depredação. Participaram da ação policiais civis e militares. Um sinalizador de fumaça foi aceso no plenário. O gabinete do deputado Wagner Montes, vice-presidente da Casa, acabou depredado. Os manifestantes seguem em frente ao local.

Pouco antes da desocupação, o presidente da Alerj, Jorge Picciani (PMDB), havia afirmado que a invasão da Casa “é um caso de polícia, não de política”. Segundo ele, os prejuízos ao patrimônio público serão “registrados e encaminhados à polícia para a responsabilização dos culpados”. Composto de 22 projetos de lei, o plano de Pezão foi enviado à Alerj na sexta-feira passada, e inclui iniciativas impopulares, como a elevação da contribuição previdenciária de servidores ativos, inativos e pensionistas.

No fim da manhã, lideranças da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) começaram a incitar os manifestantes a enfrentar o Batalhão de Choque, responsável pela segurança dos funcionários da Alerj que estavam no prédio. Na tentativa de acalmar os ânimos, o presidente do Sindicato dos Servidores do Sistema Penal do Rio, Odonclei Boechat, chegou a convocar um abraço no prédio, localizado no centro da cidade, num ato simbólico de respeito à casa legislativa e à democracia, mas não teve sucesso.

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A manifestação reúne servidores da Polícia Civil, da Polícia Militar, bombeiros e representantes de penitenciárias, que se organizaram por meio do Facebook e Whatsapp. “Vamos invadir e só vamos sair depois que o pacote de maldades for derrubado”, afirmou, ainda pela manhã, uma das lideranças que se identificou como policial militar do 22º Batalhão. Até que o prédio fosse invadido, as lideranças da Polícia Militar e do sindicato dos inspetores penitenciários discutiam no carro de som instalado na frente da Alerj se os manifestantes deveriam ou não invadir a Alerj.

Tensão

Deputados e Picciani não estavam na Alerj no momento da invasão, apenas funcionários. Alguns deles conseguiram deixar o prédio por uma saída desconhecida dos manifestantes antes dos protestantes tomarem o prédio. Os servidores pretendiam ser recebidos por um representante do legislativo para debater as medidas, mas o presidente da Alerj descartou uma ida até lá. “Não se reúne com quem invade o parlamento e tenta impedir seu funcionamento. Isso nem na ditadura”, disse.

A sessão que estava marcada para acontecer à tarde foi cancelada. Um dia antes, o presidente da Casa, Picciani havia ordenado que o prédio fosse cercado por arame farpado. Após a invasão, um funcionário contou que o clima era de tensão dentro do palácio. “Quando entraram, a gente se trancou na sala, colocou sofá na porta e desligou as luzes. Aqui dentro tem policial armado que estava bebendo cerveja desde cedo debaixo do sol. Qualquer coisa pode acontecer”, afirmou.

(Com Estadão Conteúdo)

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