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Segurança da Rio+20 tem equipes para conter ataques cibernéticos e terrorismo

Por Por Javier Tovar
15 jun 2012, 12h52

Uma fragata da Marinha brasileira destaca-se na baía de Guanabara: faz parte do forte esquema de segurança montado para a cúpula Rio+20, a maior já realizada pela ONU, que conta com 20.000 homens e com equipes para evitar ataques cibernéticos e terroristas.

O Exército vigia o Rio Centro, na Barra da Tijuca, que abriga a conferência sobre desenvolvimento sustentável iniciada na quarta-feira e que reunirá cerca de 115 líderes mundiais entre os dias 20 e 22 de junho.

A conferência de 10 dias também reúne, em várias partes da cidade, milhares de ativistas, ambientalistas e indígenas.

Militares e policiais fazem a guarda dos 38 hotéis, onde as delegações estão alojadas, e monitoram rodovias, aeroportos, portos e instalações estratégicas, assim como centrais elétricas e instalações de gás e água. Vinte e nove helicópteros e 28 embarcações patrulham a cidade a partir do ar e do mar.

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“Foi um planejamento muito detalhado (…) Há equipes para que toda a conferência aconteça da forma mais tranquila”, afirmou recentemente o ministro da Defesa, Celso Amorim.

Os três dias de cúpula, que finalizam a conferência, foram declarados feriados pelo Governo do Rio de Janeiro.

As Forças Armadas mobilizaram 13.000 soldados para uma ação coordenada com 7.000 policiais militares, civis e federais.

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“Estamos preparados para tudo, mas não há razões para acreditar que alguma coisa vai acontecer”, afirmou o general Adriano Pereira Júnior, coordenador da segurança da Rio+20.

O uso de blindados serve apenas para apoiar a logística e a mobilização de soldados, não por medo da violência nas favelas da cidade, reduzida desde 2008, quando o governo lançou um programa de ocupação policial para tomar o controle de traficantes e milicianos.

“O Rio de Janeiro é uma cidade que vive em paz (…) As comunidades não são um fator de risco em nosso esquema”, ressaltou Pereira.

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Em 1992, durante a Cúpula da Terra, o Rio era uma das cidades mais perigosas do Brasil, com 64,5 homicídios por cada 100.000 habitantes, e a segurança incluiu tanques de guerra voltados para as favelas.

Quase 20 anos depois, em 2010, últimos dados disponíveis, os assassinatos haviam caído cerca de dois terços, para 24,3 homicídios por 100.000 habitantes.

Ainda assim, o número de policiais e militares é 30% maior do que o utilizado há 20 anos, mas as autoridades explicam que a superfície dos eventos – incluindo a Cúpula dos Povos, que corre paralelo à Rio+20- é cinco vezes maior do que a da reunião de 1992

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Foco no terrorismo e nas ameaças cibernéticas

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O esquema de segurança, para o qual foi investido 64,5 milhões dólares, também foi montado para evitar ataques cibernéticos e terroristas, mas até agora nenhuma ameaça concreta foi identificada.

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“O plano de segurança conta com tropas especialmente treinadas para agir, prevenir e reagir em caso de ataques terroristas. Há também um contingente para atuar na defesa química e bacteriológica”, indicou em nota o ministério da Defesa.

“Em caso de possível ataque aéreo ou entrada de qualquer aeronave sem a devida autorização, entrarão em ação os caças Super Tucano e F-5 M. Neste caso extremo, a autorização para derrubada de qualquer avião deve ser emitida pela presidente Dilma Rousseff”, acrescentou.

O Exército indicou que há “apoio” estrangeiro “na área de inteligência” referente à segurança dos líderes e suas delegações, mas não especificou os países ou o nível de apoio que prestam.

Uma unidade de 40 homens “montou uma infraestrutura para proteger o sistema de telecomunicações de qualquer ataque de hackers”, afirmou o governo.

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, também anunciou um plano para evitar um grande colapso do trânsito da cidade, incluindo mudanças de sentido de algumas avenidas e isolamento da região perto do Rio Centro.

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