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Segurança da JMJ terá 12.000 policiais

PF destina seus 10 melhores agentes para a escolta do papa Francisco. Além deles, só um segurança do Vaticano poderá permanecer ao lado do pontífice

Por Cecília Ritto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 28 mar 2013, 17h12

O Rio de Janeiro terá, durante a Jornada Mundial da Juventude, 12.000 policiais nas ruas para dar segurança ao papa Francisco e aos mais de 2 milhões de fieis esperados para o evento, entre os dias 23 e 28 de julho deste ano. As escalas de trabalho das forças estaduais estão sendo planejadas para que este seja o contingente de serviço ao longo de todo o evento. A segurança é operada pelo estado do Rio, que atuará com as polícias militar e civil, pela secretaria de Grandes Eventos, do Ministério da Justiça, que articula a Polícia Federal, a polícia Rodoviária Federal e a Força Nacional de Segurança, e o Ministério da Defesa, com as Forças Armadas.

A segurança do papa é tratada como “nível 1”, o grau máximo de proteção, destinado a chefes de estado cuja presença seja considerada crítica para atentados. Para o papa, foram selecionados 10 dos policiais federais mais bem treinados do Brasil. A equipe da PF já foi ao Vaticano para uma reunião e voltará nos próximos dias para receber treinamento específico e conhecer a rotina e as características do papa Francisco. São policiais chamados de “mosca”, por ficarem o tempo todo ao redor do protegido. Um segurança do papa, de Roma, será o único a ficar perto dos outros 10 policiais brasileiros.

A estimativa é de que, entre os 2 milhões de participantes, 1 milhão sejam jovens inscritos previamente. Destes, 900 mil devem vir do Brasil e de países da América Latina. Há uma expectativa de aumento da vinda de argentinos, nacionalidade do papa Francisco.

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As Forças Armadas ficarão aquarteladas, trabalhando na contingência. O Exército só entrará em ação em caso de ameaças ou de algum evento que ponha a jornada em risco. As Forças Armadas farão a exclusão aérea e marítima dos locais por onde o papa passar. É o caso da praia de Copacabana, onde ficarão proibidos navios e lanchas, e a pista do aeroporto Internacional do Galeão, nos momentos de desembarque e decolagem.

A principal interrogação da segurança é em relação ao bairro de Guaratiba, na Zona Oeste, onde acontecerão a via sacra e a missa final da jornada, momento de maior comoção do evento. Nunca foi feita uma grande celebração no local. “É um planejamento próprio, diferente da praia de Copacabana, que está acostumada a receber dois milhões de pessoas no réveillon. Trabalhamos muito a segurança em Guaratiba por ser um lugar novo, nunca experimentado. Esse é o nosso desafio. Mas, ao mesmo tempo, é um evento sem bebida alcoólica, católico, o que facilita para a segurança”, explica uma fonte da Secretaria de Grandes Eventos.

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Até o momento, a secretaria de Grandes Eventos trabalha com o mesmo esquema de segurança que seria feito para Bento XVI. Apesar dos rumores de que haverá um aumento considerável de público interessado em ver de perto Francisco, as pesquisas feitas pela secretaria ainda não apontam para um aumento de demanda. “Até agora, não há informação de uma nova agenda. Trabalhamos com os atos principais (aqueles que acontecem em todas as jornadas, com a presença do papa, como a missa final) e os protocolares, como as reuniões com a presidente, governador e prefeito do Rio, e o encontro com autoridades civis, políticas e culturais na Catedral Metropolitana”, informou um dos organizadores da Jornada, lotado na secretaria.

Para as forças de segurança, a escolha pela cidade do Rio para sediar a jornada é um alento. O trabalho fica facilitado por ser um lugar que já recebeu forte esquema de policiamento para receber chefes de estado, como Barack Obama, que veio em 2011 acompanhado da família. Michelle Obama chegou a visitar a Cidade de Deus, favela da Zona Oeste. Com a mudança no papado e a escolha por Francisco – que, apesar da idade, demonstra vigor físico suficiente para aumentar a agenda de visitações no Rio -, dom Orani, arcebispo do Rio, pediu uma audiência com o papa para definir o cronograma, no qual pode estar incluída uma visita a uma das favelas da cidade. O policiamento dos pontos turísticos também será reforçado, principalmente em caso de o papa ir ao Cristo Redentor.

Mobilidade – Para a arquidiocese do Rio, o principal desafio da jornada é a mobilidade. No Rio de Janeiro, a malha do metrô é muito pequena e não chegou à Zona Oeste, onde acontecerá o principal momento da JMJ. A Transoeste, corredor expresso que liga a Barra da Tijuca a Santa Cruz, passando por Guaratiba, já opera com lotação máxima, e não pode ser considerada como opção para o transporte da multidão. “A nossa preocupação é o trânsito. O governo municipal está estudando esse aspecto para ver o que é possível. O Rio é uma cidade bastante difícil em termos de mobilidade. O transito cresceu muito nos últimos tempos, e com o acréscimo de pessoas durante a Jornada, isso nos preocupa muito”, explica dom Antônio, vice-presidente do Comitê Organizador Local da JMJ. “Ainda teremos ônibus chegando de todos os lugares do Brasil através de três vias: a Dutra, para quem vem do Sul, Petrópolis, para quem chegará do Centro-Oeste, e pelo Espírito Santo, para quem vier do Norte”, explica dom Antônio.

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