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‘Seguimos protocolos internacionais’, diz comandante do Bope

Atirador disse que queria se suicidar e pediu dinheiro durante sequestro

Por Jana Sampaio, Bruna Motta e Leandro Resende
20 ago 2019, 14h09

O comandante do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da Polícia Militar do Rio de Janeiro, tenente-coronel Maurílio Nunes, afirmou que a ação durante o sequestrou de um ônibus na Ponte Rio-Niterói respeitou os protocolos internacionais. Nesta terça-feira, 20, William Augusto da Silva foi morto após manter 37 pessoas reféns dentro de um coletivo durante quase quatro horas. Segundo Nunes, William tinha “perfil psicótico”.

“Quando vidas humanas são colocadas em risco, precisamos tomar decisões. Psicólogos estavam no momento, traçaram um perfil dele, fizeram entrevistas com a família. O atirador disse que queria se suicidar, depois pediu dinheiro. Estava difícil de manter uma negociação”, contou Nunes, em entrevista coletiva nesta tarde no Palácio Guanabara, sede do governo do Rio de Janeiro.

O comandante do Bope não quis revelar quantos tiros foram disparados e quantos atingiram o sequestrador. No ônibus, que está na sede da Divisão de Homicídios de Niterói, é possível ver que pelo menos três disparos atingiram o veículo: dois na porta e um tiro no farol dianteiro direito.

Em uma janela no fundo do ônibus, reféns escreveram um número de celular e a palavra “camisa”. A Polícia Civil, que investiga o caso, ainda não se manifestou sobre o significado das mensagens.

VEJA apurou que, durante o sequestro, William afirmou sofrer de depressão. A secretária estadual de vitimização, Major Fabiana, está a caminho do local e informou que irá prestar assistência aos reféns e à família do sequestrador.

Arma era ‘simulacro’, diz Witzel

Ao contrário do que foi divulgado pela própria PM, a arma que estava com William não era de brinquedo, e sim um “simulacro”, afirmou o governador Wilson Witzel durante coletiva. Ele não deu maiores detalhes, mas afirmou que a ação de hoje “pode ter vinculação com o crime organizado”. “Este fato que aconteceu hoje eu tenho certeza que tem ligação com o crime organizado. Certeza não, convicção. Essas facções estimulam atos terroristas”, declarou.

O governador usou a coletiva para criticar os partidos de oposição a seu governo na Assembleia Legislativa – Witzel é frequentemente alvo de ataques pela sua defesa de ações armadas em favelas. Neste ano, entre janeiro e junho, 881 pessoas foram mortas em ações de Estado – os chamados autos de resistência. O número é 14,6% maior que o mesmo período em 2018. Quando a oposição se levanta e diz que eu não tenho respeito com a vida de favelado está faltando com a verdade. Mas enquanto eles desfilarem nos bailes funks com armas”, criticou o governador.

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