Secretário de Doria diz que ‘perifa’ faz arrastões na Virada
Fabio Santos disse a jornal que a violência é um dos motivos para a gestão Doria levar o evento para o Autódromo de Interlagos
O vice-presidente da agência de comunicação CDN e escolhido pelo prefeito eleito João Doria para ocupar a Secretaria de Comunicação, Fabio Santos afirmou em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo nesta terça-feira que um dos os motivos para o governo do tucano querer levar parte da Virada Cultural para o Autódromo de Interlagos são os arrastões organizados pela “galera que vem da perifa”.
Segundo Santos, as cenas de violência e arrastões que acontecem no evento são organizadas por pessoas que moram na periferia da cidade. “Na Virada, o que acaba acontecendo – me perdoe a crueza – é que você tem uma galera que vem da perifa, alguns organizados para fazer isso. Você deve ter visto em alguns momentos aqueles arrastões que eles fazem nas ruas transversais que ligam a praça da República ao viaduto do Chá”, afirmou.
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Segundo ele um dos problemas da Virada é que a “Polícia Militar não tem capacidade de controlar os pontos de acesso [às atrações], que são os mais variados”.
A decisão de tirar a Virada das ruas centrais de São Paulo partiu do próprio prefeito eleito, mas em entrevista a VEJA o novo secretário de Cultura, André Sturm, afirmou que apenas os shows de grande porte serão realocados em Interlagos, as demais atividades culturais acontecerão em locais como o Teatro Municipal e Biblioteca Mário de Andrade.
A Folha pediu à CDN, responsável pela assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública (SSP), números de ocorrências na Virada, mas a agência disse que não tinha esses dados. Santos afirma que, além da segurança, há a “questão sanitária”, pois “a Virada vira um banheiro a céu aberto”.