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Saques e depredação em protesto na Barra da Tijuca

Grupo invadiu revenda de veículos e fecha pistas na Zona Oeste. Manifestantes bloquearam Avenida das Américas e Linha Amarela

Por Da Redação
Atualizado em 10 dez 2018, 11h19 - Publicado em 21 jun 2013, 17h43

(Atualizado às 20h30)

Um novo tumulto se instalou no Rio de Janeiro nesta sexta-feira, desta vez na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade. No início da noite, o Batalhão de Choque e o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) foram chamados para conter vândalos que saqueavam e depredavam estabelecimentos comerciais e veículos ao longo das avenidas das Américas e Ayrton Senna. Próximo à favela Cidade de Deus, cerca de 50 jovens invadiram uma concessionária. Munidos de pedras e com os rostos cobertos, eles depredaram os veículos expostos e invadiram o local, levando computadores e até um aparelho de TV. A Polícia Civil foi acionada, prendeu quatro pessoas e apreendeu sete menores que participaram do arrastão. Todos foram levados à 32ª DP (Taquara).

Manifestantes estão espalhados pelo bairro. Próximo à Cidade das Artes, outro grupo de manifestantes montou uma barricada com pedaços de madeira e ateou fogo em objetos para bloquear a Avenida das Américas, que chegou a ficar interditada nos dois sentidos. Caçambas de lixo foram jogadas ao chão. A Linha Amarela também foi bloqueada ao trânsito por medida de segurança. Ao contrário dos atos dos últimos dias, neste não havia bandeiras nem cartazes – as pessoas simplesmente caminhavam. Houve também um princípio de confusão quando um grupo tentou invadir a subprefeitura do bairro – o que não ocorreu.

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Prevenção – Os saques a lojas e a depredação do patrimônio público na noite de quinta-feira durante o protesto no Centro do Rio fez com que grandes empreendimentos fechassem as portas nesta sexta-feira com o temor de uma nova onda de vandalismo, que veio a se confirmar na Barra da Tijuca. A região, onde estão concentrados os maiores shoppings da cidade, teve parte das atividades interrompidas. O Barra Shopping e o New York City Center fecharam às 14h. O mais luxuoso da cidade, o Village Mall, com 105 lojas, abriu às 11h e cerrou a entrada uma hora depois, ao meio-dia.

No Downtown, também na Barra, a segurança foi reforçada e alguns lojistas optaram por terminar os trabalhos antes do horário da manifestação. O shopping Via Parque temeroso com as últimas ações de um grupo de manifestantes radicais optou por não ficar aberto. O posto do Detran, que fica junto ao terminal Alvorada – onde se iniciou o protesto -, encerrou as atividades por volta das 13h, deixando de atender vistorias e serviços agendados. A casa de shows Citibank Hall, no mesmo bairro, cancelou o show desta sexta-feira, do cantor Alex Cohen. A atração será remarcada para o dia 28 deste mês. “É um prejuízo incomensurável”, diz José Wilson de Sousa, da diretoria da Associação Comercial e Industrial da Barra da Tijuca.

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Zona Sul – Às 18 horas, o Centro de Operações da cidade confirmou outra manifestação na Avenida Vieira Souto, na praia de Ipanema, que foi interditada. Monitorado por policiais militares e agentes de trânsito, um pequeno grupo de pessoas saiu da Praça General Osório e caminhou em direção ao bairro do Leblon, onde mora o governado Sérgio Cabral. Na esquina do prédio onde ele mora, entre a Avenida Delfim Moreira e a Rua General Artigas, os manifestantes gritaram “Fora, Cabral” e cantaram o Hino Nacional. O protesto é pacífico.

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Outras cidades – No estado, há protestos em outras 11 cidades da Baixada Fluminense e do interior. Em Nova Iguaçu, lojas, restaurantes, agências bancárias e repartições públicas fecharam mais cedo devido à manifestação que estava marcada para o fim da tarde. O Top Shopping, um dos mais movimentados da cidade, fechou as portas às 14 horas. O prédio da Prefeitura foi protegido por grades de segurança para evitar invasões e depredações. Segundo a Polícia Militar, também há protestos em Duque de Caxias e Belford Roxo, na Baixada Fluminense, e em Itaguaí. Uma onda de boatos provocou o fechamento de diversos estabelecimentos comerciais em locais em que sequer há manifestações. Em Bangu, lojas, bandos e supermercados também fecharam mais cedo.

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Twitter – Na internet, a Polícia Militar usa seu perfil no Twitter para informar os locais onde há manifestações pela cidade nesta sexta-feira. Por meio das hashtags #éboato e #éverdade, os agentes também tiram dúvidas da população e evitam que a onda de pânico se propague. Por exemplo: “#éboato cidadão. Não há manifestações registradas na Tijuca.” e “#éverdade – Manifestantes deslocam-se pela Est dos Bandeirantes sentido Barra”. Também na rede social, a PM aproveita para pedir, mais uma vez, que as pessoas saiam às ruas de forma pacífica. “Manifestar sem provocar, sem desacatar. Democracia é lutar pelos direitos com respeito e #PAZ.”

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