Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

São Paulo tem 45% da população vinda de fora

Os migrantes nordestinos são os que apresentam menor escolaridade, notadamente os baianos, entre os quais 59% não concluíram o Ensino Fundamental

Por Da Redação
6 out 2011, 17h16

São Paulo só é superado pelo Distrito Federal, onde 75% dos habitantes não nasceram na capital federal

A Região Metropolitana de São Paulo tem aproximadamente 45% de sua população adulta originária de outros estados ou países, proporção só superada pelo Distrito Federal, onde 75% dos habitantes não nasceram na capital federal. A constatação é do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com o estudo Perfil dos Migrantes em São Paulo, divulgado hoje. O estudo analisou a inserção social dos migrantes nacionais e estrangeiros residentes na região.

A partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2009, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os pesquisadores avaliaram questões como a origem, a ocupação, a renda e a escolaridade da população. O estudo traz ainda dados sobre os núcleos familiares e o acesso dos migrantes às tecnologias da informação e comunicação (TIC). A Pnad 2009 considera dez regiões metropolitanas que concentram mais de 30% da população brasileira. Na maior delas, São Paulo, residem 10% dos brasileiros.

Para analisar a inserção social dos migrantes que afluíram para os grandes centros urbanos, os pesquisadores do Ipea optaram por concentrar a análise na população de 30 a 60 anos, porque, de acordo com a pesquisa, “nessa idade, a vida profissional das tende a estar mais definida”. Foi considerando o local de nascimento dessa faixa etária da população que ficou evidenciado serem as regiões metropolitanas do Distrito Federal e de São Paulo os polos com maiores contingentes de migrantes.

Continua após a publicidade

O estudo indica que o caso do Distrito Federal é peculiar em dois sentidos: em primeiro lugar, é uma cidade nova, criada há cerca de 50 anos para ser a sede do governo federal. Por esse motivo, houve forte incentivo migratório. Em segundo lugar, o contingente de migrantes no Distrito Federal está superestimado em relação aos das outras regiões metropolitanas porque trata-se de uma cidade-estado: quem não nasceu na cidade, também não nasceu no estado.

Nas demais regiões metropolitanas, diversamente, os migrantes intraestaduais – ou seja, aqueles que nasceram fora da região metropolitana, mas dentro do estado, não foram considerados como migrantes, devido às limitações dos dados da Pnad. Por isso, São Paulo emerge como a região metropolitana que atrai com maior intensidade pessoas de todas as regiões brasileiras, além de estrangeiros.

Renda – Os migrantes nordestinos são os que apresentam menor escolaridade, notadamente os baianos, entre os quais 59% não concluíram o Ensino Fundamental. Os estrangeiros superam os paulistas em termos de escolaridade – 46% têm formação superior, contra 24,3% dos nascidos no estado de São Paulo. Outros grupos de migrantes ultrapassam a média dos paulistas natos: são aqueles vindos do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Espírito Santo, Rio de Janeiro e estados do Centro-Oeste, em que 27,1% possuem nível superior completo.

Continua após a publicidade

Inclusão digital – A PNAD 2009 perguntou aos entrevistados sobre o uso da Internet nos últimos três meses. Os estrangeiros continuam se destacando, uma vez que 63,2% deles utilizaram a rede em algum momento no trimestre. Os paulistas ficam em segundo, com 61,7%.

Salários – Excluindo-se os estrangeiros, cuja renda do trabalho é muito superior (mais de 4.000 reais mensais), a pesquisa distinguiu três classes de trabalhadores. A classe mais baixa, formada por nordestinos e nortistas, cujo rendimento médio gira em torno de 1.000 reais, uma classe intermediária, composta por mineiros e paranaenses, com salários em torno de 1.500 reais, e uma classe mais alta, formada por paulistas e pelo grupo de migrantes dos outros estados do Sudeste, Centro-Oeste e Sul, cujos rendimentos giram em torno de 2.000 reais.

(Com Agência Estado)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.