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Salões de luxo de SP usavam produtos vencidos, afirma Procon-SP

Órgão inspecionou 34 locais na capital paulista e, em todos, encontrou alguma irregularidade; na lista, cabeleireiros de Silvio Santos e Dilma Rousseff

Por Da Redação
27 mar 2017, 21h36

Uma blitz realizada pela Fundação Procon de São Paulo (Procon-SP) em salões de beleza da capital paulista encontrou produtos com validade vencida sendo utilizados nos clientes. Segundo a entidade, todos os locais vistoriados apresentaram irregularidades. Entre eles, salões famosos, como os de Jassa, que atende o apresentador Silvio Santos, e Celso Kamura, que ganhou notoriedade nacional ao remodelar o penteado da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

O salão Jassa teria produtos com prazo de validade vencido e outros sem preço à mostra. Já no salão de Kamura foram encontrados produtos sem prazo de validade e serviços sem preços expostos, segundo o órgão de fiscalização.

“Não esperávamos encontrar tantos problemas nos bairros de alto padrão. O objetivo da Operação Vênus é preservar a saúde da mulher, em razão dos ingredientes tóxicos que têm em xampus, esmaltes e sprays”, constatou o diretor de fiscalização do Procon-SP, Osmário Vasconcelos. A fiscalização começou no dia 8, Dia Internacional da Mulher, e seguiu ao longo do mês.

Até agora, a Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor inspecionou 34 salões de beleza nas avenidas Brigadeiro Faria Lima, Rebouças, Cidade Jardim, Higienópolis e na rua Augusta. Alguns destes estabelecimentos não cobram menos de 300 reais por um corte de cabelo e uma escova. Apesar do alto padrão, em todos os locais foram encontradas irregularidades.

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Entre elas, esmaltes e xampus vencidos, produtos com a validade apagada, itens vendidos fora do prazo de validade e a ausência de tabelas com preços dos serviços. “É muito grave. Os médicos falam em alergias, queda de cabelo e até intoxicação. Nós queremos preservar a saúde do consumidor e por isso a ação vai continuar nos salões nobres e também em estabelecimentos da periferia.”, afirmou Vasconcelos.

Defesa

Ele explica que todos os salões de beleza foram notificados e têm prazo de quinze dias para apresentar a defesa. Se o recurso não for aceito, será emitido o auto de infração e o estabelecimento terá penalização de acordo com as condições financeiras e a gravidade da infração. As multas podem variar entre 600 e nove milhões de reais.

“É preciso conscientizar os cabeleireiros e também os clientes. O consumidor deve ficar mais cauteloso e verificar os prazos de validade dos produtos para preservar a própria saúde”, alertou Osmário Vasconcelos. Procurado pelo site de VEJA, o salão C.Kamura informou que faz uma vistoria anual e que o que foi identificado pelo Procon-SP foram esmaltes importados, que não tem prazo de validade exposto. Como forma de correção de conduta, foi proposto que as manicures coloquem uma etiqueta com a data de aquisição do produto, para evitar que ele passe de um ano de uso após aberto, o que será atendido.

Outro ponto foi a não identificação de alguns preços em local visível ao consumidor. O salão informou que isso foi corrigido após a visita do órgão, na semana passada. Nenhum representante do salão Jassa foi encontrado para comentar a blitz até a publicação desta nota. A lista completa dos salões de beleza que apresentaram irregularidades pode ser consultada no site do Procon SP.

(Com Estadão Conteúdo)

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