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Rose era braço político da quadrilha, afirma PF

Segundo a Polícia Federal, Rose "fazia aquilo que Paulo Vieira pedia", em referência ao chefe da quadrilha que vendia pareceres de órgãos federais

Por Da Redação
Atualizado em 19 jul 2016, 14h28 - Publicado em 10 dez 2012, 09h51

No relatório da Operação Porto Seguro que entregou à Justiça Federal na última sexta-feira, a Polícia Federal (PF) sustenta que Rosemary de Noronha, ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, era “o braço político da quadrilha” que se instalou em órgãos públicos para compra de pareceres técnicos fraudulentos.

Segundo a PF, Rose, como é conhecida, “fazia aquilo que Paulo Vieira pedia”. Vieira, ex-diretor de Hidrologia da Agência Nacional de Águas (ANA), foi nomeado para o cargo por recomendação e ingerência de Rose que, em troca de e-mails interceptada pela PF, dizia a seus interlocutores frequentemente que se reportava ao então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem rotulava de PR.

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A PF sustenta que Vieira era o líder da organização que teria se infiltrado nas repartições federais, inclusive três agências reguladoras, para atender interesses empresariais, como do ex-senador Gilberto Miranda, que também foi indiciado no inquérito da Porto Seguro. Um irmão de Paulo, Rubens Vieira, chegou a cargo estratégico – diretor de Infraestrutura Aeroportuária da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) – também pelas mãos de Rose, conclui a PF.

No despacho de indiciamento de Rose – que não prestou depoimento, ficou em silêncio -, a PF assinala vantagens que ela recebeu no exercício da função, como passagens para cruzeiros marítimos, obtenção de nomeações de familiares – inclusive a filha, Mirelle – em cargos públicos sem concurso.

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A PF diz ainda que Rose agia “como particular, e valendo-se de sua amizade e acesso com pessoas em diversos órgãos públicos, para atuar e influir em nomeações e indicações.”

Euros – Após representação feita pelo deputado Anthony Garotinho (PR-RJ), a PF abriu investigação sobre suposta remessa de uma fortuna em euros que Rose teria feito para a cidade do Porto, em Portugal.

O deputado alega que Rose, em uma viagem oficial, levou 25 milhões de euros e chegou a solicitar um carro forte para transportar o valor. A PF considera “inverossímil” a informação. O criminalista Celso Vilardi, que defende Rose, classifica a denúncia de “bobagem, leviandade”.

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(Com Estadão Conteúdo)

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