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Rodoanel Leste atrai 35% da demanda prevista

No mês seguinte à entrega, trânsito da capital piorou 10%, segundo a CET; prometido para setembro, trecho deve ser entregue inteiro daqui a dois meses

Por Da Redação
22 set 2014, 10h54

Inaugurado incompleto há dois meses, o Trecho Leste do Rodoanel tem atraído 35% da demanda de caminhões prevista. A média é de 13.000 veículos pesados por dia, ante estimativa de 37.000. No mês seguinte à entrega, houve piora de 10% no trânsito da capital no horário de pico da manhã e de 7% à tarde, conforme contagem da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). A justificativa do Rodoanel é melhorar o trânsito na Grande São Paulo.

O governo do Estado argumenta que a piora no trânsito seria ainda maior sem a construção das pistas e diz que 260.000 caminhões deixaram de circular na cidade graças ao anel viário – que tem os Trechos Oeste e Sul em plena operação. Os caminhões são proibidos de circular na capital nos horários de pico e há outros fatores que influenciam a piora no trânsito, como a retirada de faixas de circulação para carros e caminhões – por causa de faixas exclusivas de ônibus e, mais recentemente, das ciclovias.

Para o consultor em Engenharia Urbana Luiz Célio Bottura, o Trecho Leste já deveria ter efeito no trânsito paulistano. “Mas 13.000 veículos não é impacto nenhum. São Paulo é uma cidade sem muitas alternativas”, afirmou Bottura. Já o consultor em Transportes e professor da Fundação Educacional Inaciana (FEI) Creso de Franco Peixoto diz que obras rodoviárias em locais como a Grande São Paulo tendem a impactar pouco o tráfego, porque a taxa de ocupação é baixa, de 1,5 passageiro por veículo, em média, e a frota não para de crescer. Neste ano, a capital ganhou 127.000 carros. “Temos de focar não em veículos por hora, mas em passageiros por hora”, diz. Ele defende mais investimentos em transporte de massa, como ônibus e trens.

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Quando liberou a primeira fase da obra, o Estado prometeu a abertura integral do Trecho Leste para o começo de setembro, o que não se concretizou. Agora, a promessa é para daqui a dois meses. No entanto, quem passa pelo canteiro de obras ainda vê terra – e procedimentos de terraplenagem. No Trecho Leste, o asfalto ainda trepida e em alguns momentos a sensação é de circular sozinho, dado o pequeno fluxo de veículos, mesmo de caminhões.

O presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (Setcesp), Manoel Sousa Lima Junior, explica que os caminhoneiros ainda preferem utilizar a Jacu-Pêssego, para seguir diretamente para a Dutra. “Quem está transportando produtos perigosos, como combustíveis e cloro, por exemplo, tem restrições na Ayrton Senna”, explicou o presidente.

(Com Estadão Conteúdo)

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