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Rio investiga contradição entre testemunhas e polícia

Por Da Redação
4 nov 2011, 17h38

Por Pedro Dantas

Rio de Janeiro – A Corregedoria da Polícia Civil apura as contradições entre os relatos de testemunhas e a versão dos policiais que participaram da operação na Favela Parque União, no Complexo da Maré, na qual foi morto o traficante Marcelo da Silva Leandro, o Marcelinho Niterói.

Novas versões levantam dúvidas sobre a ação. A Polícia Federal espera a alta do ferido Rodrigo Pereira Marinho, de 18 anos, principal testemunha do tiroteio, para saber as circunstâncias da morte do traficante apontado como o braço direito do narcotraficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar.

De acordo com a versão oficial, agentes da Polícia Federal com uma equipe do Grupamento Aéreo da Polícia Civil e com apoio do Batalhão de Operações Policiais Especiais, que ocupa a favela participaram da operação. Uma aeronave com câmeras monitorava o traficante à distância e o localizou ao sair de um bar.

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Por volta das 21 horas, o helicóptero Águia 1 fez um voo rasante no Parque União e foi recebido a tiros. Com disparos certeiros, quatro atiradores de elite mataram Marcelino Niterói e um de seus seguranças.

No entanto, a versão de moradores da Maré é outra. A presença de Marcelinho não era segredo no conjunto de favelas mergulhado há anos em uma batalha entre duas facções criminosas pelas bocas de fumo.

“Nós o víamos no baile funk e ele estava sempre nos bares. Sabíamos que era ele, mas achávamos que ele era da antiga. Não andava de fuzil e estava sem seguranças. Ninguém diria que ele tinha esta importância toda”, revela uma moradora.

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Ao contrário do que contam os policiais, os moradores da Maré afirmam que a ação não foi rápida nem cirúrgica. Foram vários sobrevoos e rajadas de tiros disparadas pelo Águia 1. Alguns atingiram o telhado do Ciep Professor Cesar Pernetta, onde estudantes entraram em pânico e uma idosa foi pisoteada. Homens que jogavam bola no campo de futebol também fugiram dos disparos.

Hoje, o oficial da Aeronáutica Alexandre Ribeiro de Freitas saiu em defesa do ex-subordinado Jeferson Douglas da Silva Santos, de 23 anos, apontado como segurança do traficante e também morto na operação.

Segundo o oficial, Jeferson serviu três anos na Base Aérea do Galeão e havia deixado o Exército há dois meses para trabalhar. “Ele era muito aéreo e não tinha este perfil violento”, afirmou o militar.

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A operação do Bope na Maré continua. Moradores confirmam que o traficante Márcio José Sabino Pereira, o Matemático, um dos líderes da facção criminosa Terceiro Comando, ainda está no Complexo da Maré, onde disputa os pontos de venda de droga com o Comando Vermelho.

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