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‘Renan, o Senhor dos Anéis, deve cair’, ataca Delcídio

Ex-senador partiu para o ataque contra o peemedebista após a divulgação de conversas em que Renan aparece tratando sobre o processo de cassação contra o ex-petista

Por Da Redação
27 Maio 2016, 14h14

O senador cassado Delcídio do Amaral (ex-PT-MS) reagiu às citações feitas a ele pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-Al), em conversas gravadas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, que fechou acordo de delação premiada com a força-tarefa da Lava Jato. “O Renan, como o Eduardo Cunha (presidente afastado da Câmara), deve sair urgentemente. Ele deve cair. Renan é o Senhor dos Anéis, faz o que quer, manipula tudo, usurpa”, afirmou Delcídio.

Em aúdio revelado nesta quinta-feira pelo Jornal Hoje, da TV Globo, Renan aparece orientando um suposto representante de Delcídio a respeito do processo por quebra de decoro parlamentar contra o ex-petista que corria no Conselho de Ética do Senado. “O que que ele (Delcídio) tem que fazer… Fazer uma carta, submeter a várias pessoas, fazer uma coisa humilde… Que já pagou um preço pelo que fez, foi preso tantos dias… Família pagou… A mulher pagou…”, orienta Renan a um homem chamado Vandenbergue, que responde: “Ele (Delcídio) só vai entregar à comissão, fazer essa carta e vai embora”. O ex-presidente da Transpetro entregou os áudios à Procuradoria-Geral da República em seu acordo de delação premiada, homologado ontem por Zavascki.

Delcídio ficou indignado com o teor das conversas e afirmou que a sua cassação foi “manipulada” pessoalmente por Renan. “Ele (Renan) tinha medo da minha delação, ele tinha comprometimento com o Palácio do Planalto”. O ex-senador também explicou quem era o interlocutor do presidente do Senado nas conversas: “Esse Vandenbergue é um cara que eu conheço há muito tempo. Ele é diretor da CBF, mas se criou sempre no PMDB. Começou como chefe de gabinete do Marco Maciel no Ministério da Educação (governo Sarney) e depois fez carreira no PMDB, especificamente com o Renan”, afirmou.

O ex-senador relata que “tinha boas relações” com Vandenbergue. “Mas achei estranho que ele ia ao meu gabinete aparentemente para prestar solidariedade, para me visitar e o caramba, mas agora percebo que ele ia a mando do Renan para sondar, para saber se eu ia mesmo fazer delação premiada. Vandenbergue sempre frequentava o meu gabinete, sempre uma relação boa, amistosa, mas o interesse dele era efetivamente me monitorar. Não só a mim como a minha família. A mando do Renan.”

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“Fomos perceber mais na frente um pouco que não era solidariedade do Vandenbergue. Ele estava sendo mandado pelo Renan para me monitorar. Como eu tinha uma boa relação com o Vandenbergue, me foi oferecido para minha defesa o filho dele, que é advogado. Ele se apresentou para advogar de graça para mim. Mas ele não é meu advogado”, completou Delcídio.

Na avaliação de Delcídio, o diálogo entre Renan e Vandenbergue revela a preocupação do presidente do Congresso em tirar seu mandato, o que ocorreu no dia 10 maio por um placar devastador – 74 dos senadores votaram a favor da saída de Delcídio e nenhum contra.

(Com Estadão Conteúdo)

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