O rei Juan Carlos, que seguia se recuperando nesta segunda-feira de uma fratura no quadril ocorrida durante uma viagem particular a Botsuana, continua sendo alvo das críticas, especialmente de organizações ecologistas que dizem que o monarca foi caçar elefantes.
Desde que foi operado no sábado na clínica San José de Madri, onde os médicos colocaram uma prótese, o monarca, de 74 anos, “teve uma evolução muito positiva e conseguiu descansar, novamente, nesta noite”, informou a Casa Real em um comunicado.
O rei “segue com o programa de recuperação intensiva. A fisioterapia evolui satisfatoriamente e atualmente, além de caminhar, se levanta e se senta com autonomia. A mobilidade é praticamente completa e natural”, acrescentou.
A Casa Real não comentou o motivo da viagem particular a Botsuana do rei, que precisou ser repatriado com urgência, mas as associações de defesa dos animais, seguindo os meios de comunicação, afirmam que ele foi caçar elefantes, atividade permitida no país africano por meio do pagamento de 7 a 30 mil euros.
Uma foto do rei posando em 2006, com uma escopeta nas mãos, diante de um elefante morto neste país e publicada em vários jornais espanhóis no domingo contribuiu para alimentar o escândalo.
O fórum Actuable publicou na internet uma petição para que o rei deixe o posto de presidente de honra da WWF Espanha, que já reuniu mais de 40 mil assinaturas na internet.
Em um tweet, a WWF afirma que “fará chegar à Casa Real os comentários e reitera seu compromisso com a conservação dos elefantes”.
Por sua vez, o líder dos socialistas madrilenhos, Tomás Gómez, criticou que o rei supostamente se dedique a estas atividades de caça quando a Espanha atravessa uma dura crise econômica.