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Reconstituição do caso Amarildo acaba após 16 horas

Trabalho começou no início da noite de domingo, após quatro horas de atraso

Por Da Redação
2 set 2013, 12h19

Terminou no fim da manhã desta segunda-feira a reconstituição do desaparecimento do pedreiro Amarildo de Souza, na favela da Rocinha, Zona Sul do Rio de Janeiro. Os trabalhos, iniciados por volta das 19h de domingo, duraram mais de 16 horas. Amarildo foi visto pela última vez no dia 14 de julho, após ser levado por agentes da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) para averiguações. Sua morte é dada como certa, e a Polícia Civil investiga se ele foi assassinado por policiais ou traficantes.

Os trabalhos na favela envolveram cerca de cem agentes da Divisão de Homicídios (DH) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), representantes do Ministério Público e os 13 PMs que estavam de plantão na UPP da Rocinha – um deles pediu para ter o rosto coberto por uma máscara, porque mora em uma área considerada de risco. Os agentes afirmam que Amarildo foi liberado pouco depois de chegar à UPP, mas as câmeras que poderiam comprovar essa versão não estavam funcionando.

Leia: Carro da PM que transportou Amarildo circulou pela cidade após sumiço

Prevista para começar às 15h de domingo, a reconstituição atrasou quatro horas, porque os policiais militares intimados a participar e que estão sob investigação no caso deixaram o local antes mesmo do início dos trabalhos. Os agentes, que tinham sido convocados na qualidade de testemunhas, só retornaram depois que o delegado titular da DH, Rivaldo Barbosa, telefonou para o comandante geral da PM, coronel José Luís Castro.

Polícia Civil – O delegado Rivaldo Barbosa disse na manhã desta segunda que a reconstituição do caso trouxe vários esclarecimentos. “Demos um bom passo na investigação. Colocamos as pessoas nos seus lugares, pegando pelos depoimentos, e estamos confrontando com o que foi falado anteriormente”, afirmou. Esta foi a reconstituição mais demorada da história da Polícia Civil do Rio.

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O primeiro lugar onde os investigadores estiveram, ainda no domingo, foi a localidade conhecida como Cachopa. Segundo o delegado, era ali onde inicialmente estava a viatura da PM que transportou Amarildo de sua casa, na Rua 2, até a sede da Unidade de Polícia Pacificadora, no Portão Vermelho. Em seguida, os policiais civis estiveram no bar perto da casa de Amarildo, onde ele foi abordado pelos PMs na noite de 14 de julho. Depois, os inspetores foram ao Centro de Comando e Controle da UPP, ainda na Rua 2, onde Amarildo foi colocado na viatura que o transportou até a sede da Unidade, na parte alta da favela. Por fim, os investigadores seguiram até a sede da UPP, onde permaneciam até as 11 horas.

A família do pedreiro não foi chamada a participar, e reclamou. Mas Barbosa disse que, neste momento, não considerou conveniente. “Várias pessoas participaram da reconstituição até às 5 da manhã (desta segunda), inclusive as últimas pessoas que viram Amarildo. Repito: a reconstituição é necessária para esclarecer o que houve com Amarildo. Não estou imputando nada a ninguém.”

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(Com Estadão Conteúdo)

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