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Queda de helicóptero mata oito pessoas em Goiás

Entre os mortos estão três delegados, dois peritos e Aparecido Souza Alves, o principal suspeito de chacina ocorrida na cidade de Doverlândia há 12 dias

Por Da Redação
8 Maio 2012, 20h43

O esforço da Polícia Civil de Goiás para desvendar a chacina de Doverlândia, ocorrida há 12 dias, acabou em tragédia. O helicóptero que participava da segunda reconstituição do crime caiu e matou todos os oito ocupantes, incluindo o principal suspeito dos homicídios em série, Aparecido Souza Alves.

Entre os mortos estão ainda os delegados Jorge Moreira e Antônio Gonçalves Pereira dos Santos, de Goiânia, e Vinicius Batista da Silva, de Iporá (GO), além dos peritos Marcel de Paula Oliveira e Fabiano de Paula Silva. A aeronave era pilotada por Osvalmir Carrasco Melati Júnior, chefe do grupo aeroespacial da polícia goiana, e Bruno Rosa Carneiro, chefe adjunto.

O helicóptero Koala AW 119K (prefixo PP-CGO), fabricado pela empresa anglo-italiana Agusta Westland, caiu por volta das 16h30, no interior de uma fazenda de Piranhas, a 325 quilômetros de Goiânia. Testemunhas disseram ter visto o aparelho girando sobre o próprio eixo antes de cair. O delegado Diogo Rincon, de Piranhas, informou que quando chegou ainda saía fumaça do helicóptero.

Suspeitas – O secretário de Segurança Pública de Goiás, João Furtado, informou que a aeronave passou por revisão recentemente e foi liberada nesta terça-feira. As autoridades ainda desconhecem as causas do acidente. Especula-se que uma pane levou a uma tentativa de pouso forçado.

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De acordo com o Corpo de Bombeiros, o local do acidente de helicóptero fica próximo da Fazenda Indaiá, em Piranhas, em uma área de difícil acesso para a chegada do resgate. Um dos primeiros a chegar ao local foi o fazendeiro Edmar Vilela, que apagou o incêndio com a ajuda de moradores da região.

“Ele (o helicóptero) deu várias piruetas e sumiu”, disse Vilela à TV Anhaguera, de Goiás. Segundo o fazendeiro, o grupo apagou o incêncio usando baldes com água, mas a tarefa foi interrompida quando ouviram tiros dentro da aeronave. “Com certeza havia muitas armas ali dentro e, com o fogo, foi explodindo tudo”, declarou.

Dos principais personagens do caso de Doverlândia, só a delegada Adriana Accorsi, que lidera as investigações sobre a chacina, não estava a bordo. Ela desistiu da viagem na noite de segunda-feira. Mesmo assim, sua equipe foi para a Fazenda Nossa Senhora Aparecida, em Doverlândia, pela manhã. No momento do acidente, o grupo voltava para Goiânia.

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Chacina – Os homicídios em série ocorreram no dia 28 de abril. No crime foram degoladas sete pessoas: Lázaro de Oliveira Costa, de 57 anos, dono da fazenda e ex-presidente do Sindicato Rural de Doverlândia; Leopoldo Rocha Costa, de 22, filho do fazendeiro; Heli Francisco da Silva, de 44, vaqueiro da fazenda; Joaquim Manoel Carneiro, de 61 anos, amigo de Lázaro; Miraci Alves de Oliveira, de 65, mulher de Joaquim; Adriano Alves Carneiro, de 24, filho do casal; e Tâmis Marques Mendes da Silva, de 24 anos, noiva de Adriano.

Após a chacina, Aparecido Alves confessou à polícia a execução das vítimas e o estupro da jovem Tâmis. No entanto, deu versões diferentes, e conflitantes, sobre a motivação. Para a polícia, não estava claro se ele teve o auxílio de um ou mais comparsas. Aparecido foi o primeiro a ser preso e confessou ter recebido a promessa de que ganharia 50 000 reais após a execução do crime.

(Com Agência Estado)

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