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Quadrilha teria lavado 5 bilhões de dólares em nome de um morto

Busca no escritório da advogada Cláudia Chater mostra operação bilionária em nome de homem que morreu três anos antes

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 27 abr 2017, 15h11 - Publicado em 27 abr 2017, 11h35

Prima do doleiro Carlos Habib Chater, que foi um dos pivôs da Operação Lava Jato, a advogada brasiliense Cláudia Chater é suspeita de participar de uma quadrilha que teria lavado 5 bilhões de dólares em nome de um morto. O caso é investigado pela Polícia Federal no âmbito da Operação Perfídia, deflagrada ontem, e decorre da prisão do jordaniano Ismail Suleiman Hamdan Al Helalat em Brasília no ano passado. Após a prisão, foi feita uma ação de busca e apreensão no escritório de Cláudia, em dezembro. Ela teria ajudado o jordaniano na aquisição de documentos falsos.

Naquela ocasião, durante a operação de busca, a PF encontrou um contrato privado de transação de investimentos, redigido em inglês e datado de abril de 2016, referente a uma compra de moeda estrangeira. Nele, aparecem como partes a empresa Global Recreative Sistem – GRS C.A., com sede em Miranda, na Venezuela, representada por Maurício Araújo de Oliveira Souza, e a empresa compradora PASPX PLC, instituição financeira do tipo ebanking, com sede em Copenhague, na Dinamarca, representada por Johan Basse Bergqvist.

A operação resultou no repasse de 4,833 bilhões de dólares da GRS CA para a PASPX. O problema, conforme constatado pela PF, é que o representante legal da GRS CA, Maurício Araújo de Oliveira Souza, nascido em Campo Grande (MS), faleceu em 2013. O contrato, portanto, foi formalizado por um morto, num indício cristalino de fraude.

Dono do Posto da Torre em Brasília, Carlos Habib também é investigado na Operação Perfídia. Ele teria participado das movimentações financeiras da quadrilha. Cláudia é acusada de coordenar a falsificação de documentos, abrir empresas de fachada e movimentar recursos do grupo. Outras sete pessoas da família Chater são citadas no relatório da PF. Elas fariam parte do “núcleo duro” da organização criminosa.

Além desse grupo, a PF identificou um “Núcleo de Apoio”, que cuidava da aquisição de imóveis de grande valor com a utilização de “pessoas interpostas” e da abertura de empresas supostamente para lavar dinheiro. Há ainda um “Núcleo de Falsificadores”, que cuidava dos documentos falsos para dar apoio à quadrilha.

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