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PT e PMDB ensaiam “pacto de não-agressão” em SP

Por Da Redação
20 dez 2011, 17h22

Por Gustavo Uribe e Daiene Cardoso

São Paulo – A postura irredutível do PMDB em não abrir mão de uma candidatura própria em favor do PT na sucessão à Prefeitura de São Paulo tem levado lideranças petistas e peemedebistas a cogitar uma espécie de “pacto de não-agressão” para o primeiro turno da disputa eleitoral. O esforço do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela desistência da candidatura do deputado federal Gabriel Chalita – em banho-maria desde o diagnóstico de um câncer na laringe do petista – vem perdendo força entre dirigentes do PT, os quais têm pregado nos bastidores a adoção de uma política de boa vizinhança na campanha eleitoral que não inviabilize um eventual acordo no segundo turno da corrida municipal de 2012. “Ante a insistência do PMDB, o que começa a se desenhar tanto no PT como no PMDB é um pacto de não-agressão”, frisou um aliado próximo ao pré-candidato do PT, Fernando Haddad.

O vice-presidente Michel Temer já avisou à presidente Dilma Rousseff e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que a sigla terá candidatura própria na capital paulista. Um eventual acordo para que Chalita deixasse a disputa eleitoral e assumisse um posto na Esplanada dos Ministérios foi sepultada pelo comando peemedebista, o que, entretanto, não pôs fim ao desejo de Lula de reproduzir em São Paulo a dobradinha que elegeu Dilma Rousseff em 2010. O ex-presidente já informou ao pré-candidato do PMDB que pretende se reunir com ele para discutir o cenário eleitoral em São Paulo, encontro que, segundo petistas, deverá ser promovido no final de janeiro. “O encontro entre os dois deve ser realizado no final de janeiro, mas é bastante improvável que o PMDB abra mão da candidatura”, avaliou um líder do PT.

O presidente do PMDB em São Paulo, Baleia Rossi, afirmou que ainda não há uma conversa formal sobre um acordo de não-agressão, mas avaliou que, em face da aliança nacional, é natural que PT e PMDB se respeitem na campanha. “Como você vai fazer uma disputa crítica, uma disputa mais acirrada, com um candidato de um partido que é o nosso principal aliado nacional?”, ponderou. O presidente municipal do PT em São Paulo, Antônio Donato, também negou que haja uma negociação nesse sentido, mas ressaltou que é “evidente” que o PT pretende ter uma boa relação com o pré-candidato do PMDB. “Não tem (negociação), ainda que seja um desejo”, afirmou.

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Em entrevista à Agência Estado, o pré-candidato petista Fernando Haddad afirmou que um pacto com Chalita seria desnecessário, por conta da amizade de longa data entre eles. “É um pressuposto, na minha opinião. Entendo que, no nosso caso, talvez seja até dispensável esse pacto”, afirmou. Haddad ressaltou que a diretriz do PT é buscar alianças com os partidos da base de sustentação do governo Dilma e o PMDB seria peça-chave da coligação. “Nossa diretriz é buscar alianças, inclusive gostaríamos muito que isso acontecesse já no primeiro turno”, emendou.

Por essa razão, o pré-candidato petista já não trabalha mais com a hipótese de ter o peemedebista em sua chapa como vice. “Eu não o vejo nessa condição (de vice). Por ele, não por mim. Por mim seria muito bem-vinda a possibilidade. Mas não vejo o Chalita neste figurino”, lamentou Haddad.

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