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PSDB denuncia acordo entre prefeito cassado e PT em Campinas

Para líder tucano, saída do doutor Hélio favorece sua mulher e atual vice-prefeito em eventual ação na Justiça

Por Ana Clara Costa
20 ago 2011, 18h38

A bancada do PSDB da Câmara Municipal de Campinas votou em peso na cassação do prefeito da cidade, Hélio de Oliveira Santos, sacramentada na madrugada deste sábado. Assim mesmo, o líder do partido na Casa, Artur Orsi, autor do pedido de cassação, afirma que, por trás do afastamento do doutor Hélio, como é conhecido Santos, houve um “acordo” entre o agora ex-prefeito e o PT local.

Segundo Orsi, o PT votou pela cassação por três razões. Primeiro, para não ver a imagem da legenda prejudicada junto à opinião pública. Isso porque, mesmo sem os votos petistas, a comissão processante da Câmara teria votos suficientes para aprovar a cassação. Em segundo lugar, estaria o benefício imediato do afastamento: com a saída do doutor Hélio, assume o posto o vice-prefeito, o petista Demétrio Vilagra.

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Finalmente, na terceira razão, aparece o suposto acordo. Vilagra é investigado pelo Ministério Público Estadual e tem grandes chances de ser processado por formação de quadrilha, que o levou à cadeia em maio. No mesmo processo, está envolvida Rosely Nassim, mulher do doutor Hélio. À frente da prefeitura, Vilagra passaria a ter foro privilegiado, e seu caso seria legado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). O caso de Rosely, que faz parte do mesmo processo, iria junto. Com doutor Hélio na prefeitura, nenhum dos dois teria esse privilégio, confirma Ralph Tórtima Stettinger, advogado de Vilagra.

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“Houve um acordo entre o PT e o doutor Hélio”, afirma Orsi. “O que levaria o partido, na última hora, a declarar apoio à cassação? Ao longo de todo o processo, seus representantes afirmaram que a saída do Hélio não tinha fundamento.” De fato, o deputado estadual Edinho Silva, presidente do PT no estado de São Paulo, admitiu depois da cassação: “O melhor seria manter o doutor Hélio na prefeitura e deixar ele se defender na Justiça.”

O PSDB deverá pedir, a partir da próxima terça-feira, a cassação de Vilagra. Segundo Orsi, a acusação de formação de quadrilha que recai sobre o petista é forte o suficiente para validar o pedido de cassação. “A própria denúncia que fizemos sobre o doutor Hélio, e que resultou em sua saída, já apontava o envolvimento do vice no esquema de corrupção”, afirma o vereador.

Para que o pedido seja avaliado pela Câmara, é preciso que dois terços dos vereadores aprovem sua tramitação. Depois, também é necessário que dois terços votem a favor da saída do vice, para que se configure a cassação.

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