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Protestos deixam mais de 70 ônibus depredados no Rio

Tribunal Regional do Trabalho vai julgar esta tarde ação movida pelo sindicato patronal, Rio Ônibus, para decidir se paralisação dos rodoviários é ilegal

Por Da Redação
13 Maio 2014, 11h27

Pelo menos 74 ônibus foram depredados até as 11h desta terça-feira por grevistas que aderiram à paralisação dos rodoviários do município do Rio de Janeiro. As viações com mais veículos afetados foram a Jabour e a Alpha. Previsto para durar 48 horas, o protesto causa transtornos aos cariocas desde a madrugada desta terça-feira. A cidade tem menos de 10% da frota dos ônibus urbanos em circulação, de acordo com o secretário municipal de Transportes, Alexandre Sansão. De acordo com o Sindicato das Empresas de Ônibus do Rio, o Rio Ônibus, 16% da frota estão em circulação.

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O Tribunal Regional do Trabalho vai julgar ação movida pelo sindicato patronal para determinar se a paralisação dos serviços é ilegal. Os empresários já conseguiram uma liminar da juíza Andreia Florêncio Berto na madrugada que determinou que quatro líderes da comissão de rodoviários devem se abster de “promover, participar, incitar greve e praticar atos que impeçam o bom, adequado e contínuo funcionamento do serviço de transporte público”. Hélio Alfredo Teodoro, Maura Lúcia Gonçalves, Luís Claudio da Rocha Silva e Luiz Fernando Mariano devem ainda manter distância de garagens de empresas filiadas ao sindicato patronal. A juíza ainda fixou multa de 10.000 reais por cada ato de descumprimento da decisão.

A paralisação de motoristas e cobradores foi decidida na tarde de segunda-feira após uma reunião sem acordo, entre representantes dos grevistas e o sindicato patronal. A população do Rio e da região metropolitana sofre para chegar ao trabalho. Trens, metrô e barcas montaram um esquema especial para atender a demanda maior nesta terça-feira, com funcionamento semelhante ao dos horários de pico ao longo de todo o dia. Estações e composições estão operando com lotação máxima. O esquema especial faz parte do plano de contingência anunciado na noite de segunda-feira pela prefeitura.

Conseguir um táxi esta manhã é missão difícil. As cooperativas informam por telefone que há grande espera pelas chamadas, e nas calçadas, principalmente da Zona Sul, é grande a disputa por um veículo disponível. O problema pode afetar quem chega à cidade pelos aeroportos Santos Dumont e Galeão, onde normalmente já há fila de espera pelos táxis credenciados.

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O número de veículos particulares em circulação também aumentou de forma expressiva. Os engarrafamentos são grandes em todas as vias que levam ao Centro. Esta manhã, Sansão anunciou também que não serão emitidas multas para as placas de veículos particulares circulando pelos corredores exclusivos de ônibus, como na Avenida Brasil e nas pistas do BRS (Bus Rapid Service).

Abusos – Para complicar ainda mais o já caótico cenário dos transportes, surgem denúncias de abusos de motoristas de vans e táxis. Como há grande procura por esse tipo de veículo, chegaram à secretaria relatos de taxistas operando com cobrança “no tiro” – ou seja, com valores pré-determinados, mais altos que o das corridas normais, no taxímetro. Os valores nas vans também subiram.

A Secretaria Municipal de Transportes informou que há fiscalização, mas dificilmente será possível coibir todos os abusos, diante da complexidade do dia sem ônibus em circulação.

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A um mês do início da Copa do Mundo, o cenário de greves preocupa as autoridades no Rio, e ameaça criar mais uma onda de repercussão internacional negativa para a cidade. O noticiário sobre o Rio mundo afora, que voltou a destacar episódios de violência e dúvidas sobre a eficiência das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), agora recebe também alertas sobre dificuldades de transportes e até a possibilidade de greve das polícias militar e civil às vésperas da competição.

Zona Oeste – Dependente dos ônibus, a Zona Oeste é uma das mais prejudicadas. Nenhum ônibus de linha municipal está circulando pelo bairro de Jacarepaguá desde o início da madrugada. Nem mesmo os ônibus do tipo frescão estão nas ruas, ao contrário da greve na semana passada, quando os coletivos circulavam com passageiros em pé. A exceção, até as 8h, eram os coletivos intermunicipais. A pista sentido Centro da Linha Amarela, no trecho que passa pelo bairro, está completamente congestionada. Há ônibus com destino a cidades da Baixada Fluminense parados no engarrafamento. As vans legalizadas, que circulam dentro do bairro, estão cobrando dez reais, em vez dos três reais da tarifa normal (para ônibus e vans).

(Com Estadão Conteúdo)

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