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Professores na BA votam por manutenção de greve

Por Da Redação
18 jul 2012, 18h50

Por Tiago Décimo

Salvador – A greve dos professores da rede estadual da Bahia completa na quinta-feira 100 dias, sem que haja sinal de fim do movimento. Na manhã desta quarta-feira, os grevistas realizaram uma assembleia, na Assembleia Legislativa da Bahia, na qual decidiram pela manutenção da paralisação e promoveram um ato contra o governo – no qual um bolo feito com o algarismo 100 e com 100 velas foi o centro das atenções.

Apesar de optar pela continuidade da greve, os professores também aprovaram uma nova proposta de negociação, que foi apresentada ao Ministério Público do Trabalho. Em vez dos 22,22% de reajuste salarial linear para a categoria, que pleiteavam desde o início da paralisação, os docentes agora aceitam um reajuste menor, de 14,26%, dividido em duas vezes – ambos ainda este ano -, além do aumento de 6,5% que o governo baiano concedeu a todo o funcionalismo do Estado este ano.

Além disso, os grevistas pedem para que o corte de ponto que o governo promove desde maio seja revogado e que os professores não concursados que foram demitidos por causa da paralisação sejam readmitidos. Em troca, os docentes se comprometem a cumprir um cronograma que permita a reposição dos dias letivos perdidos. O governo ainda não se pronunciou sobre as novas reivindicações dos docentes. A proposta mais recente da administração pública é conceder aos professores, além dos 6,5% de reajuste, duas progressões de carreira, em setembro e em abril, mediante a participação deles em cursos de qualificação. De acordo com o governo, com as progressões de carreira, os reajustes salariais dos docentes seriam de entre 22% e 26%.

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Segundo a Secretaria de Educação da Bahia, a greve dos professores está restrita a Salvador. O órgão informa que, das 1.411 escolas da rede no Estado, 1.132 (80% do total) funcionam normalmente. O dado é contestado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB-Sindicato), que afirma que pelo menos 50% da rede está parada.

O clima foi tenso durante a assembleia dos professores por causa de um boato de que equipes da Polícia Militar seguiam para a sede do Legislativo baiano com o intuito de desocupar o saguão da Casa, no qual cerca de 400 grevistas acampam desde 18 de abril. O coordenador-geral do APLB-Sindicato, Rui Oliveira, chegou a deixar a assembleia, depois de ser informado sobre possíveis ordens de prisão contra as lideranças do movimento. Os boatos foram desmentidos pela Secretaria de Segurança Pública.

Na segunda-feira, o presidente do legislativo baiano, deputado Marcelo Nilo (PDT), entrou com pedido de reintegração de posse no Tribunal de Justiça do Estado. De acordo com a assessoria do TJ-BA, o desembargador responsável por analisar o pedido de reintegração de posse, Ruy Eduardo Brito, pediu para que fosse realizada uma vistoria na Assembleia antes de tomar uma decisão. A vistoria deve ocorrer na manhã de sexta-feira – quando está prevista a próxima assembleia dos grevistas.

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