Professores do Rio farão novo protesto nesta segunda-feira
Prefeito confirma votação do Plano de Cargos e Salários da categoria na terça-feira. PM isola entorno da Câmara para evitar invasão do prédio por manifestantes
Apesar da mobilização e dos protestos de professores marcados para esta segunda-feira, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, afirmou nesta manhã que está mantida a decisão de encaminhar o Plano de Cargos e Salários da categoria para a votação na terça-feira, dia 1º de outubro. O prefeito alega que o pedido de urgência na votação do projeto foi uma exigência do sindicato dos professores, em acordo assinado com representantes da Secretaria Municipal de Educação. O plano recebeu emendas de vereadores de oposição e da base de apoio de Paes, e agora a categoria exige que o projeto seja discutido por um período maior.
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Nesta segunda-feira, as emendas feitas ao projeto pelos vereadores serão apresentadas ao Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe). O projeto original foi encaminhado pelo Executivo na quinta-feira da semana passada. A votação foi suspensa depois de uma invasão dos professores ao plenário da Câmara Municipal.
Professores estão no entorno da Câmara Municipal para pressionar os vereadores para a votação de terça-feira. Representantes da categoria estão em frente à porta lateral por onde entram os parlamentares, na Rua Alcindo Guanabara, que foi interditada. Policiais militares impedem o acesso dos manifestantes ao interior do prédio para evitar uma nova ocupação da Casa.
Está prevista para esta segunda-feira uma nova manifestação na Cinelândia, local do Palácio Pedro Ernesto, sede do Legislativo municipal. Uma página do Facebook com a convocação para o protesto reúne 8 000 confirmações. No sábado e no domingo, representantes dos professores acusaram a Polícia Militar de truculência na desocupação da Câmara. A PM negou o uso de recursos com o spray de pimenta – um vídeo, no entanto, mostra um policial disparando o gás contra manifestantes, do lado de fora do prédio.
O Sepe está estudando a possibilidade de ir à Justiça contra o estado do Rio de Janeiro, por causa da ação da Polícia Militar na noite de sábado. O pedido de desocupação partiu do presidente da Casa, vereador Jorge Felippe (PMDB), da base do prefeito. Felippe havia afirmado, inicialmente, que não pediria reintegração de posse do prédio, ocupado desde a noite da última quinta-feira.
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