Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Procurador pede anulação do contrato do Grupo Libra em Santos

"Prevaleceu o interesse privado em detrimento do interesse público", diz Júlio Marcelo

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 11 abr 2018, 11h34 - Publicado em 11 abr 2018, 11h14

O procurador do Ministério Público de Contas Júlio Marcelo de Oliveira pediu a anulação do contrato que beneficiou o Grupo Libra com a prorrogação do arrendamento de terminal no Porto de Santos, em 2015. O procurador pede nova licitação da área explorada pelo grupo no porto, de 100 mil metros quadrados, a apuração da responsabilidade das autoridades envolvidas na renovação do contrato e ainda o compartilhamento com o Supremo Tribunal Federal das provas levantadas na Operação Skala, da Polícia Federal.

O parecer no qual o procurador defende a anulação do contrato de Libra foi enviado ontem à noite à ministra Ana Arraes, encarregada de relatar o processo. O contrato de Libra é um termo aditivo a outro contrato, que já vigorava desde 1998. Neste aditivo, firmado em 2015, o grupo conseguiu unificar três áreas de arrendamento que mantinha no porto. Libra aprovou o aditivo mesmo devendo mais de 2 bilhões de reais à Codesp, a estatal encarregada de administrar o Porto de Santos.

O procurador criticou a iniciativa do governo em fechar novo aditivo: “O poder concedente se despiu de todas as suas prerrogativas e responsabilidades para atender de modo servil aos interesses da arrendatária”, diz Júlio Marcelo. “Em verdade, o que se observa é que, na renovação antecipada dos contratos de arrendamento do Grupo Libra, prevaleceu o interesse privado desse grupo econômico em perpetuar suas operações no Porto de Santos, em detrimento do interesse público de se preservar o erário federal contra a inadimplência do arrendatário”.

O Grupo Libra é investigado na Operação Skala por suspeita de pagar propina ao presidente Michel Temer, para se beneficiar da renovação do contrato no porto. Em sua representação, o procurador Júlio Marcelo anexou texto da reportagem de VEJA intitulada “Transmiti o Recado”, publicada no dia 22 de março, mostrando mensagens trocadas entre o coronel João Baptista Lima Filho, amigo de Temer desde a década de 80, e o empresário Gonçalo Borges Torrealba, dono do Grupo Libra. Nas mensagens, o coronel atua como intermediário de Temer e o empresário. Lima Filho marca encontro entre Torrealba e o então ministro da secretaria dos Portos, Edinho Araújo, em 2015, no período da renovação do acordo que beneficiou a empresa.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.