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Primo do goleiro Bruno desmente, na Justiça, tudo o que disse sobre o sequestro e morte de Eliza Samudio

Sérgio Rosa Sales afirmou, na manhã desta quarta-feira, em Contagem, que depôs pressionado por policiais. Versão favorece tese de advogado de defesa

Por Andréa Silva, de Contagem (MG)
10 nov 2010, 10h43

O julgamento dos acusados de seqüestrar e matar a jovem Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes, do Flamengo, teve uma reviravolta na manhã desta quarta-feira, em Contagem, Minas Gerais. Responsável pelas revelações mais importantes do caso até agora, e, por isso, réu mais aguardado pela acusação, o primo do jogador, Sérgio Rosa Sales, desmentiu, diante da juíza Marixa Fabiane Rodrigues, tudo o que havia afirmado à polícia, na fase do inquérito.

Sérgio negou tudo o que havia confirmado sobre o sequestro, cárcere privado e a execução de Eliza. O rapaz ainda afirmou para a magistrada que todos os fatos revelados por ele tinham sido conduzidos pela Polícia Civil diante de ameaças e intimidações.

Sérgio declarou que começou a apanhar ainda na garagem do Departamento de Investigação, acusando o delegado Júlio Wilke e uma agente de polícia de nome Laura. Ao ser levado para a sala de interrogação, onde estavam os delegados Edson Moreira e Wagner Pinto, Wilke, segundo Sales, teria dado um soco no peito dele e o torturado com uma sacola na cabeça. “Eles queriam que eu confessasse que eu e o Bruno estávamos no EcoSport quando Eliza deixou o sítio”, disse o jovem.

O réu também voltou atrás sobre a versão de que a jovem teria sido morta em Minas Gerais, na casa do ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola. Ele afirmou, inclusive, que ela teria retornado para o Rio de Janeiro, largando o filho para trás, aos cuidados do goleiro.

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O depoimento deixou indignados os promotores e delegados que investigaram o caso – que negam as agressões. A versão que Sérgio Rosa Sales apresenta agora é exatamente a primeira alegada pelo goleiuro Bruno e seus amigos – de que Eliza teria abandonado o filho. O relato feito à Justiça também é exatamente a tese do principal advogado de defesa, Ércio Quaresma, que tenta sustentar que Eliza Samudio está viva – aproveitando-se da falta de um corpo que comprove a materialidade do homicídio.

Nos depoimentos anteriores prestados por Sérgio ele confirmou que Eliza teria sido sequestrada no dia 6 de junho no Rio de Janeiro, por Luiz Henrique Ferreira Romão e o menor J., de 17 anos, primo de Sérgio e de Bruno. A jovem estava com o filho, o menino Bruninho, na época com 4 meses, e os dois foram mantidos em cárcere privado, até a noite do dia 10 do mesmo mês, quando teria sido assassinada por Bola. Nos quatros dias que foi mantida refém, Eliza estava com uma ferida grande na cabeça.

Ainda segundo os relatos do acusado, que constam no inquérito, Macarrão seria o responsável por vigiar a ex-amante de Bruno, e o teria proibido de entrar no sítio. Sérgio teria afirmado ainda em depoimento que o menor J. é quem levava comida para Eliza.

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