Dados divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira mostram que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve variação de 0,40% em janeiro, uma aceleração, diante da taxa de 0,29% medida em dezembro – em janeiro de 2008, o valor foi de 0,70%. O indicador é uma prévia do IPCA, índice oficial usado pelo governo para medir a eficiência do regime de metas da inflação.
O principal impacto sobre a medição foi provocado pelas tarifas dos ônibus urbanos, cuja alta de 2,35% em janeiro teve impacto de 0,09 ponto porcentual sobre o índice geral. O resultado refletiu os aumentos de 3,77% na região metropolitana do Rio de Janeiro, 4,76% em Belo Horizonte, 4,25% em Salvador, 10% em Belém, e 1,13% em Curitiba. Subiram ainda as tarifas dos ônibus intermunicipais (3,24%) e interestaduais (2,31%).
Habitação, roupa e comida – Os preços do grupo de itens “habitação” também sofreram alta, passando de 0,32% para 0,50%, entre dezembro e janeiro. Compõem o grupo, os temas “aluguéis” (0,56% para 1,01%) e “condomínios” (-0,08% para 1,09%). Os “artigos de vestuário” também encareceram: alta de 0,78%, em dezembro, ante 0,84%, em janeiro. De maneira geral, os itens não-alimentícios acompanharam o movimento, passando de uma variação de 0,29% para 0,31% em janeiro.
Os “alimentos” apresentaram comportamento similar: alta de 0,34% para 0,72%. Foram registrados preços mais elevados de produtos “in natura”, caso das frutas (0,91% em dezembro para 2,41% em janeiro) e batata-inglesa (2,40% para 11,87%). Entre as bebidas, o destaque foram cervejas (de -0,33% para 2,11%) e refrigerantes (de 0,74% para 2,00%).
Métodos – A metodologia de cálculo do IPCA e IPCA-15 é a mesma. Ela apura a variação de preços para famílias com renda de até 40 salários mínimos em 11 regiões metropolitanas do país. A diferença é que o primeiro indicador apura a variação entre os dias 1 e 30 do mês; já o segundo, entre os dias 16 de um mês e 15 do período seguinte.