Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Presos policiais que recebiam queijo e goiabada como propina

'Pagamento' era feito para a liberação de veículos irregulares; grupo foi desarticulado em operação da Polícia Militar e do Ministério Público

Por Da Redação
14 nov 2012, 19h52

Um grupo de nove policiais militares foi preso nesta quarta-feira por extorsão e corrupção. Eles são acusados de cobrar propina para liberar veículos irregulares no Posto de Controle de Trânsito Rodoviário 16, no quilômetro 65 da Rodovia RJ-116, em Nova Friburgo.

O dinheiro cobrado pelos policiais variava entre 20 e 200 reais, mas eles também aceitavam como pagamento frangos, pares de sapato, queijos e goiabadas. “São bandidos, desviantes. Mas essa operação mostrou que a PM é capaz de se pautar pela ética e cortar na própria carne”, afirmou o promotor de Justiça Décio Alonso Gomes, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do MPRJ.

As investigações da chamada Operação Mercúrio duraram dois meses e foram realizadas pela corregedoria interna da Polícia Militar e pela Auditoria Militar do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). Policiais da 7ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar filmaram os PMs cobrando e recebendo dinheiro de motoristas. Em um dos vídeos, há um policial recebendo notas de 10 reais do condutor de uma Kombi. Em outra, aparece um militar pegando caixas de sapatos de uma van.

Parceria – Durante as investigações da polícia, o MP foi acionado. “O Ministério Público abriu as portas para a PM mostrar que a Instituição não aceita mais esse tipo de atitude. Estamos na rua 24 horas, mas não é para roubar, é para dar segurança à população. Os policiais estão sendo vigiados, e quem não se comportar ou mudar vai perder o emprego”, afirmou o chefe da PM do Rio, coronel Erir Ribeiro.

A denúncia do MP detalha alguns casos da cobrança de propina, como o que envolve o cabo Wermelinger e o soldado André Brayner, que aceitaram 50 reais para liberar um caminhão basculante Mercedes-Benz que seria rebocado por não ter o Certificado de Verificação do Tacógrafo, que registra a velocidade. Em outro caso, um motorista alegou não ter dinheiro para pagar a quantia pedida porque já havia sido extorquido por outros policiais do Batalhão Rodoviário.”As ações dos policiais mostram que muitas vezes eles exigiam propina só pelo prazer de pegar dinheiro das pessoas”, observa Décio Alonso Gomes.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.