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Presidente da Cedae é demitido em meio à crise da água no Rio

O substituto de Cabral, já escolhido por Wilson Witzel, será Renato Espírito Santo, um funcionário de carreira da Cedae

Por Agência Brasil 10 fev 2020, 21h36

O presidente da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), Hélio Cabral, foi demitido nesta segunda-feira (10), em meio à crise da água pela qual passa o estado do Rio de Janeiro. A demissão foi anunciada pelo governador Wilson Witzel. O substituto de Cabral, já escolhido pelo governador, será Renato Espírito Santo, um funcionário de carreira da Cedae.

Em nota, o governo do estado informou que, como representante do acionista controlador da Cedae, o governador Wilson Witzel, determinou a imediata demissão de Cabral. “O governador também convocou, em caráter extraordinário, reunião do Conselho de Administração da Cedae para esta terça-feira (11) para tratar exclusivamente da substituição do ocupante do cargo de diretor-presidente da companhia”.

Crise
No início de janeiro, moradores de diversos bairros e municípios da Região Metropolitana do Rio relatavam mau cheiro, cor amarelada e gosto de terra na água fornecida pela Cedae. Os primeiros testes realizados por técnicos da companhia identificaram a presença do composto orgânico geosmina, que provocou as reclamações de cheiro de terra na água.

Especialistas dizem que a geosmina não é tóxica, mas, para reduzir a quantidade da substância, a Cedae resolveu aplicar carvão ativado na Estação de Tratamento de Água do Guandu, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. A aplicação no dia 23 de janeiro, foi acompanhada pelo governador, que em entrevista após a visita estimou em duas semanas para que os consumidores começassem a receber a água em seu estado normal. Não foi o que ocorreu e, em outra tentativa, a Cedae começou a derramar argila no reservatório da ETA Guandu.

Depois de tudo isso, também foi encontrada a presença de detergentes na água bruta que chega à estação de tratamento em testes realizados por técnicos da companhia. Em consequência, a Cedae interrompeu a produção de água na ETA Guandu e retomou no dia seguinte a abertura das comportas do canal principal da estação após técnicos da companhia constatarem que não havia risco à operação.

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Por motivos de segurança operacional, o abastecimento foi retomado de forma gradativa, mas em alguns locais a promessa era de que levaria até 72 horas para os consumidores receberem a água. A Cedae reiterou que a qualidade da água não foi afetada, porque após identificar a presença de detergentes, acionou o protocolo de segurança e interrompeu a operação da estação para não comprometer o tratamento.

Normalidade
Mais de um mês depois, os últimos laudos da Cedae publicados no site da companhia indicam que no dia 7 de fevereiro os níveis mais baixos de odor e gosto. Neste dia a Nova Estação de Tratamento indicou nível 2, sendo que o máximo é 6. Nos dias 29 e 30 de janeiro tinha atingido 17. O odor saiu de 3 em 29 de janeiro para 1 no dia 7 de fevereiro.

Na Velha Estação de Tratamento, o gosto em 29 de janeiro era 67 e caiu para 2 no dia 7. O odor saiu de 4 para 2 nestes mesmos dias. Para a Cedae isso representa que a água voltou à normalidade.

No seu site a Cedae informa, que rotineiramente, realiza mais de 100 coletas diárias de amostras para análise da qualidade da água ao longo de sua rede de distribuição, além de coletas nas saídas de tratamento das estações de tratamento e mananciais. A companhia informa ainda que a publicidade dos laudos das análises laboratoriais segue determinações do Ministério da Saúde para levar mais informação ao público e dar mais transparência na relação com o consumidor.

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